barril
2 meses sem escrever.
E não necessariamente por falta de vontade. Se fosse eu falando e o computador digitando pra mim, ia ser bala, todo dia uma história irreverente impossível da Bahia.
Esses, no entanto, são dias caóticos. Me mudei. Surtei com a Oi. Arranquei a porta do banheiro. Consertei a porta do banheiro pela metade. Ganhei mil presentes de chá de casa nova, todos espetaculares, todos úteis, impressionante. Vou a São Paulo ver um show.
Ontem parou um ônibus FEDERAÇÃO no ponto. Eram 22h20, mais ou menos. "Entra em São Brás?", perguntei. Tem essa coisa bonita na Bahia. A plaqueta do ônibus diz: C. da Silva, que quer dizer que o ônibus vai pela Cardeal da Silva. Mas na verdade o que ele faz? Ele atravessa a Padre Feijó inteira, a Caetano Moura 100% de ponta a ponta, e entra na Cardeal e na primeira curva, sai da Cardeal. São dez metros de Cardeal da Silva apenas. Talvez 11.
A placa diz: Cardeal da Silva.
Aí o ônibus sobe a Cardeal e entra na primeira a esquerda em São Brás. Não dá tempo de dizer um hai kai, o tempo que ele fica na avenida. Eu moro no meio da Cardeal, o ônibus não serve pra mm. Mas o que eu ia contar mesmo é: perguntei se entrava em São Brás. A cobradora não me entendeu. "O quê?" Entra em São Bráaaas?! "DOMECQ?" Não! São Brás! São Brás! Entra em São Brás? "Ah, entra!"
Não serve pra mim.
Depois passou um ENG. V. FEDERAÇÃO. Esse sim, vai pela Cardeal.