30.11.03
 
l i v r o

O TEATRO DO BANDO
negro, baiano e popular


Essa é a biografia do Bando de Teatro Olodum, feita por Marcos Uzel, jornalista de parte de cultura do Correio.

Para mim, particularmente, foi uma excelente experiência ler o livro, já que conheço boa parte das pessoas do Bando, e organizei informações a respeito do grupo para serem publicadas na página do TVV. A história do Bando se confunde com a história do Vila Velha, e saber mesmo como tudo se deu e acabou virando o que é hoje, para mim, que estou perto e tenho um envolvimento, foi muito bom.

Porque veio do nada. O Bando era nada. E dessa idéia ergueu-se um nome, uma história, um teatro, uma marca, uma postura, uma idéia, uma veracidade, uma dignidade que são lindas. Bom demais.
 
 
f i l m e

Dicionário de Cama


Quando o filme começa e vem aquele mato, aquela coisa meio Vietnã, dá para imaginar até que entrei na sala errada. Mas logo vem o título e derruba a dúvida. Dicionário de Cama se passa na comunidade Iban, que fica numa ilha da Oceania que era controlada pelo Império Britânico nos anos 30. Nessa época, muitos universitários ingleses completavam seus estudos governando pequenas províncias imperiais. Aí este little english vai para Iban, e para aprender a falar a língua local, lhe oferecem um Dicionário de Cama. Uma moça da tribo que fale ingês para dormir com o rapaz, e fazer com que ele entenda os nativos em dois tempos.

Claro que ele se apaixona. Claro que há problemas de um little english se envolver de verdade com uma little iban, mas o filme consegue ultrapassar isso.

É uma história sobre amor, caráter e atitude. Mas abandona os truques, as fórmulas previsíveis. Na verdade, não completamente, mas as disfarça bem. Passamos por dias em que cinema e McDonald's se confundem, logo, isso é valioso. O roteiro tenta passear pela profundidade de cada personagem, e mostrar vários lados da moeda (o "mocinho" que vira "vilão", que vira "bonzinho", mas sempre no mesmo papel), mas a direção e os atores não são tão bons assim, então dá pra perceber a intenção, mas o desenvolvimento poderia ser melhor.

É um romance leve, que flerta com drama, temperado com elementos cômicos. A inglesa que reune as crianças da tribo local próximos a um canhão carregado com moedas, então atira e as crianças partem enlouquecidas para procurar o dinheiro. Os brancos retratados como patéticos. Os embates culturais são resolvidos geralmente com coisas engraçadas. A little english girl fazendo sexo é definitivamente patético.

Mas sexo-sexo mesmo, não tem muito não.

A trilha sonora está na tela. Não é excepcional mas se integra perfeitamente com o filme e isso é muito bom.

Enfim, é um bom filme, sincero, que tange assuntos diversos sem tornar tudo óbvio e sem graça. Sem grandes destaques para um ator/atriz ou um grande saque de roteiro, mas fica tudo muito bem equilibrado.

Recomendo.
 
28.11.03
 
d e n t e s . b r a n c o s , h e i n . g a r o t o ?

Em toda a minha breve existência, de todas as vezes que conversei com um dentista sobre o quesito escovação, pela primeira vez eu ouvi:

"Não há muito com o que se preocupar, porque a sua escovação está perfeita!"


Ganhei o dia. A medalha de ouro não conquistada da minha infância, o carrinho de controle remoto que eu nunca tive, um castelo de LEGO, sempre sonhado, arquitetado e nunca erguido... Esses traumas viraram farelo diante desta titânica declaração de vitória contra as malditas bactérias que causam a cárie.

Ou talvez ela estivesse com pressa.

Pelo menos a coisa do LEGO foi superada.
 
 
a s . p a l a v r a s

Fiquei pensando sobre 'Coordenador'. Aí me veio também 'Cooperação'.

As vezes se tem um coordenador apenas. Se disséssemos que um espetáculo tem um co-diretor, haveria curiosidade de saber quem é o outro. Mas o coordenador não. Ele poder ordenar sozinho e dividir a coordenação com ele mesmo.

Assim como 'cooperar' é usado meio que como sinônimo de 'ajudar'. Quando estaria mais próximo de co-pilotar, "co-fazer".

Talvez.
 
27.11.03
 
p e s c o ç o

Hoje eu fiz revisão da coluna.

Aí o Seu Dr. disse que tava tudo certo. Eu achava que a quarta, a quinta e a sexta, estavam apenas conversando, amiguinhas e imóveis. Mas não. A quinta e a sexta se aproximaram tanto que colaram. AAAAAAH, colaram. "Tudo bem, é isso mesmo, pode colar tudo que não vai ter nada, a quinta não mexe não, da quarta à sexta é como se fosse uma só". Ufa. Entendi.

Raios-X novos.

Tudo certo.

"Vai jogar bola!".

Dessa vez ele liberou até a natação, mas me fez prometer que não iria para as Olimpíadas. "Ir pras Olimpíadas não pode!".

Combinado.
 
26.11.03
 
l i v r o

Terminei de ler Stupid White Men - Uma Nação de Idiotas.

O livro vale a pena ser lido. É ótimo, tem coisas ótimas. Michael Moore, aponta de forma convincente, como há gente inescrupolusa com muito poder nas mãos, e como a lógica do poder se desenvolve para essas pessoas. Como elas chegaram lá, e como vão destruir o mundo inteiro para não sairem de lá. Mostra como o negro é apontado como inimigo público número um sem ser, e como a água americana é uma merda de ser bebida e mais um monte de outras coisas que são interessantes de se saber. O mais legal é que ele cita todas as fontes dele (boa parte delas bastante confiáveis). Umas das coisas mais interessantes de ler é como pode-se perceber que o Partido Republicano e o Partido Democrata (os dois grandes partidos dos Estados Unidos) são na verdade o mesmo partido, duas hienas gêmeas que disputam o trono, como naquele clipe do Rage Against the Machine.

A linguagem é fácil e a leitura flui bem, mas tem partes inteiras que eu não li. Partes que pela primeira frase do parágrafo eu já sabia que era merda das mais merdas. Acho que citar que ele gasta quase um capítulo inteiro dizendo que a mãe natureza percebeu que os homens são maus e as mulheres são legais, e por isso, hoje nasce mais mulher do que homem no mundo. Partes inteiras que nem vou ler. E não vou perder nada.

Porque o livro poderia ter muito menos páginas. Porque eu fiquei com raiva desse cara. Porque ele escreve muita merda, muita piada sem graça, e não seria contratado como comediante NEM pela Warner Bros. (aquela desgraça). Basicamente, o problema dele é ser americano e meio babaca. Tem umas piadinhas merda que dá pra fazer aquela careta e pensar: "putaquepariu, esse cara é muito americano". Comete os mesmos erros e excessos do filme Tiros em Columbine. Que é um excelente filme. Mas ainda tem esse defeito de o cara ser ridículo e pensar como um americano e não conseguir se livrar disso.

Mas vale à pena ler este livro, porque apesar de ser americano e babaca e de me encher o saco escrevendo merda, ainda tem coisas que valem à pena ser lidas. De vez em quando Moore usa argumentos, e esses argumentos acabam por ser bastante bons.

Se tiverem como ler, leiam.
 
 
m e r c a d o

Eu ia dar uma utilidade direta e objetiva para este site, publicando a programção do Mercado para o Pelourinho, que será de graça, e onde vocês poderão me ver passando alucinado de um lado para o outro.

Mas algumas coisas ainda não estão confirmadas. Aguardem.
 
25.11.03
 
a c h o . q u e . v a l e . u m . p o s t

Gostaria de deixar claro publicamente que o postalzinho publicado abaixo ficou pronto, e ficou bastante bonitinho. O boteco que o postal anuncia é no Pelourinho, de uma amiguinha minha e eu recomendo mesmo sem nunca ter ido.

Mas a parte MAIS importante ao deixar coisas claro é que: foi feito no renegado Corel Photo-Paint. Inteiramente. A marquinha, feita no DRAW, o desenho no Corel Photo-Paint, e depois colei um e outro no DRAW. Paint, cara. Paint.

Sei que muito provavelmente o Shop é melhor. É bastante provável. Acontece que o que eu sei usar é o outro. E tem funcionado para todas as minhas necessidades. Por enquanto é só.
 
24.11.03
 
d ú v i d a

"Porque Ticão só expressa amor por você lhe chamando de filho da puta?"



Ê
 
 
c r u s o é

Então eu fiquei em casa e aqueles com quem consegui contato, não puderam sair e gozar a vida como os bons amigos fazem. Fiquei em casa boa parte do Sábado. Fiquei em casa o Domingo inteiro. Li. Li um monte. Li o livro citado em vermelho e li o outro livro que eu comprei do Milan Kundera. Esse tal Kundera é bom. Aí acabei estudando. Disse que não estudaria, mas a situação me empurrou para isso. E comi um monte de guloseimas superintegrais cheinhas de fibra que fizeram o sistema digestório funcionar abundantemente no Domingo. E quando cansei de estudar, voltei para ler de novo.

Pensei em algo para esta segunda feira.

Poderia falar sobre como minha professora de Geografia me mandou para a prova final simplesmente porque estava afim, sobre como eu estava aprendendo a mandar tomar no âmago do cu em 37 idiomas e meus pais me convenceram que era melhor eu deixar pra fazer isso depois que eu fizer a prova final e ela me aprovar. É uma história bem pouco divertida que mostra uma pessoa de mais de trinta anos agindo como uma criança que quer a mãe. Não tem muita graça.

Mas continuarei tentando. Farei uma forcinha para manter o próximo fim de semana limpo, como uma roupa branca lavada com Omo numa Brastemp.
 
22.11.03
 
f i l m e

Vi Bem-me-quer Mal-me-quer.

E lá está Audrey Tautou toda linda e fofa.

O filme é meio tortão. Tem um ritmo esquisito. Eu não consegui me afeiçoar muito pela personagem não. MESMO sendo a Amélie. Veja isso. Fiquei esperando pra ver a doideira. E a doideira vem. Não é um grande filme, mas é arrumadinho. Direitinho, direitinho. Eu gostei. A velhinha que tava na mesma fila que eu, já não achou a mesma coisa.

O cara do filme tem uma coisa Stallone. Um olhar troncho, que nem parece nem nada, mas toda hora que ele fazia aquela cara troncha, eu pensava: "Olha o Stallone!".

Existe gente assim mesmo (como no filme). Medão.
 
 
d u a s . c o i s a s

1 - Pessoas acham estranho que uma pessoa que conte uma piada, ria ela mesma da piada que contou. Eu tenho essa característica. Eu conto uma piada, e eu mesmo rio muito depois do desfecho. Sempre fui moderadamente repreendido por isso. "Ele conta e ele mesmo ri", diziam. Por anos tentei diferentes atividades pacificadoras e terapias afim de adquirir um nível mais alto de auto-controle e poder finalmente não rir quando eu mesmo contar a piada. Não deu certo. E agora eu estou assumindo, saí do armário. Eu rio do que eu digo. Claro. Porque é engraçado. Ou eu acho. Tem gente que conta uma piada e não ri, como o Renato Piaba, por exemplo, mas eu rio e sustento a minha posição. Bah!

2 - Comer boa comida, para mim, é um momento de intenso prazer. Adoro comer. Como muito, e como de tudo. Acho estranho pessoas que comem como se fosse um fardo, essa maldita atividade que temos que repetir para nos manter vivos. Elas só comem disso, daquilo, e daquela outra coisa ali. Geralmente alimentos multiprocessados que não fazem bem à saúde. E um simpático brócolis, um parrudo joelho de porco ou uma suculenta maniçoba acabam sem rejeitados de imediato. É certo que eu prefiro não comer peixe. Mas não qualquer peixe, peixe com muitas espinhas. Já me feri com espinhas e gosto de comer a grandes bocadas. Ficar lutando com a comida não é muito o meu estilo. Mas como mesmo assim.
 
21.11.03
 
p o s t a l

Fiz esse postal para uma amiga que abriu um boteco no Pelourinho.

Gostei. Gostei muito.

 
 
c o i s a s . a s s i m

Coisas assim fazem com que eu eu me sinta um parasita que fracassa ao tentar parasitar um verme que se alimenta do cocô de um gado confinado feio e estéril.

CLIQUEM


Quem me mostrou foi o outro Pacheco.
 
20.11.03
 
l i v r o

Comprei
STUPID WHITE MEN
do Michael Moore
(de Tiros em Columbine)


Aguardem comentários.
 
 
p r o g r a m a . s o c i a l

Estou iniciando um programa de reintegração social com a comunidade.

Liberei meu fim de semana afim de voltar à convivência com amigos e colegas, com o objetivo de ser uma pessoa mais saudável daqui pra frente. Não vou ao médico, não vou trabalhar, não vou estudar, não vou escrever nada sério, vou ficar de bobeira.

Gostaria de ir à praia no Sábado pela manhã.

O Domingo ainda não foi preenchido com absolutamente nada.

Parafraseando nosso ex-presidente: "Não me deixem só". Vamos sair, atualizar fofocas e babados.

Entrem em contato.

É sério.
 
 
m a t r i x . r e v o l u t i o n s

O bom de The Matrix, é que eu não conseguia "achar que ia acontecer" nada. As coisas aconteciam muito bem acontecidas do começo ao fim e os olhos brilhavam.

Acho que depois do fim do primeiro, um letreiro poderia dizer assim:

"Então o escolhido liderou a guerra entre humanos e máquinas e a humanidade viveu feliz para sempre".

Poupava um monte de trabalho, ganhava-se menos dinheiro, mas dava pra manter a integridade.

Quando sair nas locadoras, poderia vir com um letreiro assim: "O desfecho mais emocionante desde Titanic!".

Eu acho.
 
 
m c d o n a l d s

A Fossa das Marianas,
no Oceano Pacífico,
é o ponto mais fundo do mar.
Ela tem 11.500 metros
de profundidade.


Acho que isso explica muita coisa

 
19.11.03
 
d i n a r o

Hoje, recebi de troco umas sete notas de um real. Qual não foi a minha surpresa ao perceber que uma tinha uns desenhos diferentes da outra. Uma bolinha-brasão-de-qualquer-coisa dessas tava diferente. mais simples. Com a maior cara de "faltou tinta na impressora aí saiu assim".

Fui mostrar ao meu irmão, que sabiamente comparou as assinaturas do Presidente do Banco Central e do Ministro da Fazenda. Eram diferentes. "Pode ser uma edição diferente, uma coisa assim".

Muito suspeito.

O número de série do papel-moeda é A 0100007130 C

Aí ele me mostrou logo depois uma nota de dois reais que tinha o desenho diferente, que nem a A 0100007130 C

Falsificação em série?
 
18.11.03
 
t e m p o

Ê dia grande e besta danado, sô!
 
 
v í d e o . h o b b y

Eu respeitava a Vídeo Hobby.

Respeitava como sendo a minha primeira locadora. Como a única locadora da cidade que eu sei que existe desde antes de eu nascer. Onde eu não me decepcionava. A Vídeo Hobby, na minha visão poética, tinha filmes antigos que nem a GPW tinha acesso.

Achei que a Hobby ia falir.

Aí ela muda de marca, e a sede que tem aqui perto de casa passa de locadora, a VÍDEO HOBBY MEGASTORE!

Fui lá pedir "A Balada do Pistoleiro" (para só então assistir "Era Uma Vez no México"). Não tinha. O cara ainda tentou me enganar dizendo que El Mariachi e A Balada eram o mesmo filme. Ok. E Pulp Fiction? Não tinha. E Clube da Luta? "Se tem, está locado". Ele disse "Se tem...".

Três grandes clássicos do cinema contemporâneo. Coisa bela do século passado, TRÊS! Não é que estavam locados, eles NÃO TÊM.

Robocop 3, Soldado Universal 3, Um Drink no Inferno 3 (com a Sônia Braga!), Robin Hood Trapalhão e Super Xuxa Contra o Baixo Astral eles têm. Mas cinema de verdade? Nada. Um absurdo.

Acabei alugando Adaptação e não gostei.

Lembrar de achar outra locadora.
 
 
d e . r e p e n t e

Aparece um cartão postal, um cartaz e um banner para serem feitos de ontem pra hoje. De ontem pra hoje. Do nada. Aí mexi meus pauzinhos, consegui fazer tudo, falta passar pela aprovação da "cliente". Trabalho rápido, sem stress, ficou bonito. Quando eu tiver aqui comigo, eu coloco no blog o postal.

Todos os trabalhos deviam ser assim. Rápidos, bonitinhos, dinheirinhos...

Bom.
 
17.11.03
 
t o r p e d o . w e b

De: laura
converse cmg, se
tiver com algum
problema me
diga, eu acho q
alem de namorada
eu sou sua
amiga, pelo
menos eu acho
ne?entaum


Nunca tinha recebido mensagens
de celular por engano. Isso
foi engraçado. Coisas que
acontecem feitas para posts.
Como não acontecia há muito
tempo.
 
16.11.03
 
p i a d a

Um enstrangeiro que fazia negócios no Brasil se vê diante de uma oportunidade de fazer negócios na Bahia. Tudo pronto para viagem, faltam dois dias, e ele encontra com um amigo que lhe diz: "Mas você fala iorubá?". O cara fica asustadíssimo. Como assim? Rapaz, no Brasil se fala português, mas na Bahia só se fala iorubá! O cara ficou alucinado, "putz, eu sei falar português, mas iorubá eu não sei não... Como é que eu vou fazer?". Ficou nervosíssimo. Mas tinha que viajar assim mesmo, era uma viagem importante. Chegando no aeroporto em Salvador viu as coisas em português, mas pensou: "A língua oficial do país é português, e esse é um aeroporto internacional... Faz sentido...". Tirou do bolso o seu papelzinho com anotações, e ao entrar no táxi, falou com muito cuidado: "Vas-co da Ga-ma...". Imediatamente, o taxista se vira para ele e pergunta: "Ogunjá ou Bonocô?"
 
 
v o l t e i

Ah, não teve nada demais lá. Tem umas ruínas ótimas. O Teatro Dona Canô é bom mesmo... Mas nada demais realmente. Alguns pequenos momentos surreais, mas na grande maioria das vezes, piadas internas.

É isso. Voltei.
 
15.11.03
 
m a i s . u m a . v e z

Lá vamos nós pra Santo Amaro... Filmagens e estudando pra prova final de matemática.

Amanhã tamo de volta...
 
14.11.03
 
a u t o - p r o m o ç ã o

Teatro Vila Velha


Essa página tá que tá danada!
 
 
d e p o i s

Fui lá e voltei e nem vi Santo Amaro direito. Sábado, quando for dia, eu vejo melhor.

 
13.11.03
 
a n t e s . d e . p a r t i r

Antes de partir, vou ali e volto já, gostaria de declarar:

Eu acho que o grito é a falência de qualquer discurso.

A menos que seja um grito de desespero, de sufoco, de não-tenho-nada-preciso-de-uma-chance. Grite.

Agora, você que está com o remo da jangada na mão, e ainda vem gritar, me desculpa, eu não quero nem saber o que você está dizendo... Você está errado.

Eu acho.
 
12.11.03
 
n o v a . p e r e g r i n a ç ã o - ?

Amanhã: Santo Amaro de novo. Por motivos outros.

Desejem-me boa sorte. Domingo de noite eu tou de volta.

Rolou um decreto de um grande manda desmanda de repente, e não se sabe ainda o que vai acontecer. Aguardem novas atualizações nesse mesmo post.

Enfim. Agora eu vou e volto amanhã. E Sábado eu vou de novo. Volto domingo de noite.

Sexta-feira alguém podia me chamar pra sair, jogar bola, pingue-pongue, WAR, andoleta... Né?

 
11.11.03
 
t r a b a l h o

Conheço uma menina que conhece um cara que precisa de alguém que atualize um site desses de fotos de festa, diariamente. Perfil procurado:

A pessoa deve ter alguma familiaridade com HTML (ou um programa, como Dreamweaver).
De preferência ter um computador em casa e conexão rápida para poder atualizar diariamente sem pobrema.
Preço a ser pago eu não sei.

É uma coisa simples.

Pensei em Mariana e em Jojo, a princípio. Entrem em contato que eu passo o contato do sujeito.
 
 
p a r a . o s . a d v o g a d o s

Não é que essa viagem a Santo Amaro deu certo?

Vendemos o espetáculo. Não para o ISBA, conforme planejado, mas para o hotel em que nos apresentamos. O pessoal do hotel gostou muito do espetáculo, e quer apresentações da peça como "atração" do hotel para as excursões que vão lá.

Isso é bom, porque o cada novo público são novas pessoas para quem vender o espetáculo, e seremos pagos. Muito bom. Muito mais do que esperávamos.

"A Pena e a Lei" estará em cartaz no Teatro Vila Velha a partir do dia 09 de Janeiro, uma sexta feira, até o fim do retrocitado mês.

É um espetáculo de Ariano Suassuna, que foi escrito ao mesmo tempo de "O Auto da Compadecida", encenado por um grupo sem nome advindo da Sbørnia, pobre e com produção improvisada. Uma comédia sobre os valores e as ações das pessoas. O texto é na verdade, a colagem de três histórias que viraram uma peça só, onde diferentes autoridades (o padre, o delegado e o fazendeiro), convivem com as diferentes "plebes" (o bêbado, o malandro, o inocente e o muito-pobre-mesmo). Sem grandes mensagens (apenas algumas pequenas), o texto é de uma historinha, toda arrumadinha e divertida. Se não for ver pela sinopse, pelo autor, por amor a arte, ou por vontade própria, vá ver o seu amigo em cena!

É isso.
 
 
p i a d a

Dois meninos estavam no pátio da escola contando vantagem. "O meu pai é pastor da igreja, e todo mundo quando vê ele chama de reverendo!".

O outro continuou: "Ah, o meu pai é secretário de saúde, e quando alguém vê ele chama logo de doutor ou de vossa excelência..."

Um terceiro que ouvia a conversa, aprochegou-se e concluiu: "Isso não é nada. Meu tio pesa 250 quilos, aí todo mundo quando vê ele, logo diz: 'Meu Deus!'"
 
 
i n t e r a ç ã o . d i v i n a

Deus castiga os infiéis e pecadores com uma espinha DENTRO do nariz.

Maldição.
 
10.11.03
 
c e l u l a r



Celular de novo.
 
9.11.03
 
e s t r é i a

O navio atrasou, como é de costume. Chegamos lá a tempo, no entanto, numhotel perto de Santo Amaro, desses que faz convênio com escola pra excursões, coisas assim. Esse fez excursão com alunos do ISBA. Fomos lá para nos apresentar para eles e para professores e coordenadores, para mais tarde, quem sabe, vender a peça para o ISBA, e nos apresentarmos, senão no Teatro, no Auditório e ganharmos de fato algum dinheiro. Quem sabe.

Enfim, alguns dos meus colegas se sentiram maltratados poque o almoço não tinha cardápio, era um PF de macarrão (com aquela cara de sobra do mês passado), e por termos que comer em um lugar que não era o restaurante. Teve um princípio de baixaria que foi logo acalmado. Comemos mal, não encheu a barriga, mas a fome passou.

Passmos o texto, montamos o cenário (o que deu mais trabalho do que o esperado), e apóis longa sessão de colocação de figurino e maquiagem, o espetáculo já podia começar.

Chato foi só perceber que os alunos do ISBA não tavam muito afim de teatro, a piscina pelo visto, "tava o bicho". E nós, altamente emperequetados, esperando a boa vontade do público. O público finalmente apareceu, o espetáculo começou, depois de começado o nervoso bateu, foi um negócio de um come a deixa do outro, e um terceiro remenda a cena pra fazer sentido, mas logo os atores se acalmaram e a peça foi sem grandes problemas até o fim.

Fim. Desmonta. Lanchinho. Estrada. Nosso motorista não dormia há mais de 24h, de modo que ficamos todos meio que nervosos para dedéu, conversando com o cara pra ter certeza de que ele estava ali, com a gente, concentrado. Mas a estrada não estava muito movimentada, de modo que tudo se assucedeu tranquilamente, mesmo que demoradamente.

Professores e coordenadores riram mais do que os alunos. Acho que isso é ponto positivíssimo. Microférias para os atores do grupo sem nome, e dia 20 nos reuniremos para marcarmos novos ensaios para a temporada em Janeiro.

Diretamente da Sbørnia,

El Cabron.
 
8.11.03
 
s b ø r n i a

Então vamos fazer assim: Eu estou (ironicamente) na Sbørnia. Esse país distante, onde reina o anarquismo hiperbólico, uma ilha navegando pelos mares do mundo após suceclivas explosões nuclesares mal sucedidas (aiaiaiai). Para aqui vem todo o lixo cultural, ou o que não serve mais para nada, ou que já saiu de moda.

Não me lembro bem de quando cheguei aqui, mas pelo visto há tem mais de dois meses. A adaptação é fácil, pela língua ser a mesma, e o clima muito parecido (só que na Sbørnia não tem praia e chove menos).

Após um trabalho desenvolvido no Centro SubLixoCultural Sbørniano, está (mais ou menos) pronta para apresentação, a peça "A Pena e A Lei". Tomarei uma embarcação amanhã de manhã, e estarei apenas por um dia de volta ao Brasil, à Bahia! Nos apresentaremos em Santo Amaro da Purificação. Para vender o espetáculo. No mesmo dia ainda, voltarei a este país flutuante.
 
7.11.03
 
b l o g s

Ler logs tem sido, antes de tudo, um exercício da saudade. Parece que eu estou num país distante fazendo coisas. Não vejo muita gente há muito tempo.

Acho que é isso, esse blog agora corre sério risco de se tornar o diário de bordo do país distante em que eu me encontro a trabalho.
 
 
p o s t

Hoje aconteceu de novo. De repente out of the fucking blue (do nada), esse pernambucano, a quem eu fiz um favorzinho ontem, me pergunta: "E você, rapaz, vai fazer o quê à noite?". Ensaiar, porquê? "Eu tenho um convite sobrando pra ver Cordel do Fogo Encantado...". É, mas não vai dar.

Só depois que eu fui me tocar.

Que coisa.
 
6.11.03
 
h o j e

Hoje eu realmente não tenho nada de interessante pra dizer. Lembrei que tinha um blog só depois das 15h. Quer dizer, depois do almoço, deu uma lembradinha, pensei em alguma que coisa que me soou engraçada... mas aí esqueci. Queria umas féria em outro planeta.

Essa vida de escravo não tá boa, não...
 
5.11.03
 
e . . .

Esse negócio de virar a noite não é legal, crianças, não faz bem para o seu raciocínio. Não deve se tornar um hábito.
 
 
i n f e c c i ó n

Hoje de madrugada, às 4h45, quando terminei definitivamente o meu trabalho de escola, que nem ficou bom, conheci GeneRally.

Legal.

Se alguém souber de um antídoto eficiente, favor entrar em contato.
 
4.11.03
 
h i p ó t e s e . m a c a b r a

Hoje eu ouvi:

"Se o Brasil fosse uma potência, e Dinha do Acarajé fosse uma rede de fast-food, o que nós pediríamos pelo número?"

 
3.11.03
 
a h !

Quase esqueço.

Lá no Bahiano, saindo da sessão de Amarelo Manga, tinha um cara de chapéu, óculos escuros e guarda-chuva sentado no chão. Olhou as pessoas saindo. Depois levantou.

Isso.
 
 
v i t ó r i a

Hoje eu fui lá conhecer a filha dela. Foi muito bom. Ela é ótima, e a menina é um joelho lindo. Um mês. Toda cheia de vontades. Fiquei horas conversando com as duas. Aí depois chegaram gentes de fora, e meu espaço acabou, mas foi realmente um bom fim de domingo.
 
2.11.03
 
f i l m e s

Vi Os Vigaristas e finalmente vi Amarelo Manga.

Os Vigaristas é legal. Quando eu vi o trailer, fiquei mesmo com a impressão de ser mais "um filme desses". É mais ou menos 'mais um' sim. Espertinho. Estruturadinho. Mas bem feito. Mas eu saí do filme com a nítida impressão de que o roteirista chegou a ter uma ou duas idéias. Ultimamente tenho visto filmes que os roteiristas não têm idéia nenhuma. Normalmente eu tenho coisas ruins para dizer sobre o Nicolas Cage, mas não hoje. O Nicolas Cage esteve bem no seu papel. O vilão de "As Panteras" também está bem. Os mais exigentes podem não gostar tanto, mas além da idéia ser legal, a execução tem uns detalhes que você pensa: "o cara que estava ganhando milhões para fazer isso realmente perdeu algum tempo fazendo direito, que bom". Me senti respeitado.

Amarelo Manga também me deixou alegre. O cartaz ser uma boceta é legal. Tem muito a ver com o filme. Uma comunidade em Pernambuco, um narrador-passarinho que passeia pelas muitas tramas do filme durante um dia diferente na vida dessas pessoas. O trailer botou uma pressão de filme de ação. O diretor esperava me dar uma porrada no estômago. Faltou "o jeito certo" pra o soco fazer efeito. Nas relações dos personagens, várias mensagenzinhas do diretor, o que funcionou muito bem. Apesar dos atores estarem muito bem, da idéia da fotografia de ter sempre alguma coisa amarela em cena, funcionar muito bem, tem umas coisas ruins. O som é a pior das coisas ruins. O som é um lixo. Os palavrões algumas vezes ficam forçados. Parece filme brasileiro dos anos 80, que tem aqueles "filho da puta!" bem paulistas. Mas mesmo o som sendo uma desgraça, o mais triste é que a luz é ruim. A luz, se não é, parece luz natural o tempo todo, e tem horas que fica ruim. Tem horas que parece que faz parte da intenção do diretor dizer: "fiz um filme de baixo orçamento". Mas tem umas tomadas que me lembram "A Tartaruga Assassina", um sucesso da minha infância que filmamos na Aldeia Jaguaribe com uma VHSzinha. Em alguns momentos me pareceu que o filme ia "entrar na linha" e de repente tudo ia se juntar, mas não se junta e você não sente falta. O filme é assim mesmo e se sustenta. Gostei. Gostei mesmo com o som sendo a merda que é e a luz sendo ruim em várias ocasiões.
 
blog. só um blog.

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