29.4.05
 
f a t o s

Coisas extraordinárias que aconteceram comigo:

Arranquei a cortina do meu quarto violentamente, movido por impulso irracional. Foi bom. Cochilo rápido antes de sair. Ventilador ligado, cortina balançando, encosta em minha perna, incomoda, eu mudo de lugar. A cortina me persegue. Levantei de uma vez pegeu o banco e tentei tirar a primeira presilha calma e lentamente... Com muito, muito cuidado, consegui desencaixar a ponta sem quebrar. A segunda presilha, mesmo com cuidado, quebrou. A terceira também. Aí arranquei a cortina toda, embolei e joguei fora. No processo subiu tanta poeira, mas tanta poeira que é quase certo que ácaros destemidos estão nesse momento desbravando o meu cérebro.

No mesmo dia, cheguei em casa cansado às 22h30. Me larguei no sofá numa posição ortopedicamente inadequada. Ao levantar, doía-me o peito. Joguei os braços pra trás e o peito pra frente e ouvi um TLEC! alto. É verdade, eu estalei o esterno.

Acho que com a rotina essas coisas pequenas ganham contornos extraordinários. A cortina, mesmo, uma revolução.
 
27.4.05
 
l o t e r i a

Não só não ganhei na Dupla Sena, como não acertei um número sequer.
São 60 números, eu escolhi 6, e eles sortearam 12. Nem um.

Acho que nesses casos, eles deveriam me deixar tentar outra vez sem cobrar.
 
25.4.05
 
f u t u r o

Joguei na Dupla Sena, o sorteio é amanhã, estou confiante. 3.200.000!
 
24.4.05
 
c h u r r a s c o
(domingueira da nostalgia)

É sério que já são quase duas da tarde e não chegou ninguém?.
Dominó e cerveja.
Zero é par?
Músicas bregas. Revelações. Renato Fechine.
Dobrada. Levanta! De foooora!
Don't Let Me Down e presença espiritual de Ivan e Camilla.
Cerveja.
Porra, tô com fome.
3h15 Chega a comida mas o fogo não acende.
Scooby já vai? Chama um táxi.
Dispensa o táxi. Confusão de dinheiro.
Compra outra grade então, né?
Tchau Snoopy.
Piscina.
Gente desaparece e aparece.
Poema e presença espiritual de Victão.
Né por nada não, mas essa carne tá salgada.
Pagodão.
Farofa e lasquinê.
Ausência de noção generalizada.
Prato especial de batatas tarde demais.
Rodinha de violão.
Repertório quase todo.
Primeiras despedidas.
Érica e presença espiritual de Jackson.
Bateria e presença espiritual de Bitola.
Ai, meu juêi.
"Fotinha, gente!"
Porra, não aguento comer mais, não. Nem eu.
Mais despedidas.
Briga de galo.
Aê pessoal, tem essas cervejas aqui ainda...
Disputa... Disputou, disputou.
Boa noite, hora de desligar o refletor. Que horas são?
Nostalgia em altas dosagens.
Operação limpa-tudo.
Boa noite, sobrou carne, tá boa ainda, se vocês quiserem...
Ninguém vai tomar essa cerveja?
Morgação.
Até a próxima.

E no caminho pra casa...

- O Fusca! Rapaz... Várias vezes que eu saio com Pi de carro, passa esse Fusca...
- JKF 1729?
- Peraê, não tanto assim... É dessa cor e é Fusca!
- Hm...
 
23.4.05
 
s u c e s s o . d o . v e r ã o
(full version)

Meus amigos são todos boa praça,
E têm gosto refinado,
Não pegam bagulho na rua,
Mas também nunca ficam apertado (sic),
Eu sempre fui muito querido,
Lá na minha comunidade,
E pra mim mulher de amigo,
É como um selo de qualidade!

Mulher de amigo meu, pra mim é homem,
Mulher de amigo meu, pra mim é homem,
Mulher de amigo meu, pra mim é homem,
Mas é de um tipo diferente que também se come!

Me acusam de não ter moral,
Por frequentar a mulher dos amigos,
Perguntam se no boteco,
Bebendo com eles, fico constrangido,
A esses que me criticam, eu digo:
"Meu velho, você fique na sua,
É melhor levar corno do amigo,
Do que de um maluco qualquer da rua!"

Refrão

Fazendo uma analogia,
Com as frutas que ficam no supermercado,
Atacar a mulher dos amigos,
É como ir direto no selecionado,
Me considero um prestador de serviço,
Que combate o tédio, a tristeza e o stress,
Eu sou uma espécie de InMetro,
Um ISO nove mil e dez!

Refrão

As mulheres dos meus amigos,
Têm, quase todas, um emprego bacana,
Tem uma que sustenta a casa,
Outra trabalha até no fim de semana,
No entanto o cansaço,
Não abala o apetite dessas tigrezas
Comigo elas raspam o prato,
E o marido é a sobremesa!

Refrão

Eu tenho um velho amigo,
Fumante, diabético, neurótico, estressado,
Ultimamente tem faltado o serviço,
Ele deita na cama e vira pro lado
A mulher tá desesperada, arrancando os cabelos,
Entrou numa de horror,
Amanhã mesmo eu me resolvo com ela,
E esse amigo meu fica devendo um favor!


com a colaboração de Moreno Pacheco.
 
22.4.05
 
d e m ê n c i a . f e l i z


 
20.4.05
 
p a r a . m i l l a


 
18.4.05
 
ô n i b u s

Vi duas plaquetas de ônibus, hoje. Uma dizia: "Não fale com o motorista". A outra, menos objetiva e mais dramática: "Fale com o motorista somente o indispensável".

Hipóteses do que dizer ao motorista, depois longo debate em grupo:

"Olha a velhinha ali, ô rapaz!"

"Eu te amo."

"Eu sou sua verdadeira mãe."

"Estou levando as crianças."

"A asa esquerda está em chamas."

*no grupo que discutia as possibilidades estava outro blogueiro, que possivelmente publicou post similar
 
17.4.05
 
d o m i n g o

E o pior é que hoje é domingo de novo...
 
16.4.05
 
d o m i n g o

Ah!, domingo... Sempre domingo.
 
13.4.05
 
h o j e

Discutíamos em aula as denominações de grupos étnicos quando...

- Os americanos se auto-denominam 'americanos', para mostrar a supremacia deles sobre a América. Quando na verdade, deveriam se chamar estadunidenses. Eu sou americano mas para eles sou 'latino-americano'. blablablablabla...

-

O que eu tenho a dizer sobre isso: O nome do país onde nasci é República Federativa do Brasil. Isso faz de mim um 'brasileiro' e não um 'republicano federativense...'. Chamamos aqueles que nascem no Rio de Janeiro de fluminenses (fluminenses, vejam bem...). Um texto lido em sala de um autor italiano chamado Luca Cavalli-Sforza, acentua como é importante chamar os povos pelo nomes que eles escolheram para eles mesmos, exemplificando que "lapão" significa "idiota" no idioma dos lapões, o que é muito ruim, e que para os pigmeus, "pigmeu" é "aka". Sforza defende que seria mais adequado chamá-los de aka. Ninguém discordou. Eu também não. O nome do país em questão é Estados Unidos da América. Os que nascem lá são americanos, pois, caso não tenham notado, o nome do país é América! Coincide com o nome do continente, mas e daí? Os nativos da África do Sul, são sul-africanos. Viram? Africanos!

É isso.
 
 
f i c ç ã o
(baseada em fatos reais)

Você ligou para a Central de Relacionamento Ativo Vivo. Aguarde uns vinte minutos até ser atendido por um dos nossos atendentes.
(20 minutos depois)
- Central de Relacionamento Ativo Vivo, Gilberto Negrão, bom dia.
- Bom dia, eu queria...
- O número do DDD e do celular, por favor?
- 0719978-9623
- O titular da conta?
- José.
- Os quatro primeiros números do CPF?
- ****
- Bom dia, senhor José, em que posso ajudar?
- José é o meu pai, eu sou Camilo Fróes. Sou eu que uso a linha. Eu queria contestar uma cobrança...
- Desculpe senhor José, mas eu não posso resolver o seu problema. Espero que o senhor seja muito feliz. Muito mesmo. Estarei transferindo para o setor responsável.
(10 minutos depois)
Vivo informa: Procure uma posição confortável enquanto aguarda pelo atendimento. Ainda vai demorar bastante.
(10 minutos depois)
- Central de Relacionamento Ativo Vivo, Adalberto Freire, bom dia, em que posso ajudar?
- Bom dia. Porque Relacionamento Ativo?
- Porque nós somos ativos e você é o passivo, senhor.
- Acho que não entendi.
- É auto-explicativo, senhor. Em que posso ajudar?
- Eu recebi uma mensagem de vocês que informa que minha conta já foi emitida, e que vem no valor de 133 reais e fração. Acredito que este valor não condiz com a realidade, pois a maioria das ligações que eu fiz foi Vivo-Vivo, e fui informado no dia 08 de março que minha conta estava participando de uma promoção de mil minutos gratuitos Vivo-Vivo. Creio que se a conta veio cobrando tudo isso, é porque vocês me cobraram essas ligações que não deveriam cobrar. Eu não quero pagar essa conta, pois só fiz as ligações porque a atendente me confirmou que esta linha participava da promoção. Como devo proceder?
- Senhor, você pode confirmar os dados, senhor?
- 07199789623, José, ****. Mas eu não sou o titular, o titular é meu pai, eu sou Camilo Fróes.
- Você deseja não pagar a sua conta, senhor Camilo?
- Exato, pois a cobrança é indevida.
- Desculpe, senhor, eu não posso te ajudar, pois sou um atendente e nada mais. Eu posso apenas mandar o senhor tomar no cu, senhor.
- Sério? Só isso?
- A Vivo respeita a multiplicidade étnico-cultural do brasileiro, senhor, e, se preferir, o senhor pode tomar no fiofó, no furico, no olho do cu ou tomar no toba. O senhor prefere tomar no toba, senhor Camilo?
- Nâo! Eu quero não pagar, vocês me informaram que as ligações Vivo-Vivo seriam gratuitas!
- Se o senhor não pagar, a sua linha será bloqueada senhor. Queira tomar no toba, senhor. Espero que o senhor seja muito feliz. Muito mesmo. Tenha um dia excelente! A Central de Relacionamento Ativo Vivo agradece enormemente à sua ligação.
 
11.4.05
 
o p s

 
7.4.05
 
e x c e l e n t e



Tecla SAP marromenos:
Ó, eu tava pensando um negócio...
Porque ninguém nunca inventou margarina em bisnaga?
-
Obrigado. Agora eu não vou dormir nunca.
 
 
s a b e d o r i a
(pérola reflexiva do dia)

"Coma água antes que ela coma você"

(transeunte desconhecido que passou por mim)


!
 
5.4.05
 
+ r a b u g e n t o

- Oi.
- Oi. Não estou lembrado de você.
- É, acho que você não me conhece, mas podemos ser amigos!
- Como?
- É, a gente podia sair pra trocar umas idéias, tomar uma cerveja, ser amigos, que tal?
- Hmmm... Verdade. Podemos ser amigos.
- Legal. Você é homem ou mulher?

Quantos desses diálogos acontecem no meio da rua? Quantos amigos se faz assim?

Quando a internet era uma novidade, eu também entrei na empolgação de estar em contato com os amigos, conhecer pessoas e culturas, etc. O primeiro site que eu visitei foi o da NASA. Uou. Tudo é possível. Conversava com turcos que moravam na Ucrãnia pelo ICQ e ficava feliz de estar jogando xadrez com um moleque que dizia morar nas Filipinas. Depois a internet não era mais novidade.

Essa fase de "oi, ker tc?" não já tinha passado? Porque as pessoas insistem em fazer amigos aleatoriamente pela internet?
 
4.4.05
 
a i . m e u . s a n t o . a n t ô n i o
(antropologia I)

Minhas aulas de antropologia têm sido uma delícia. O professor é muito bom. Gosto muito. Ele aproveita muito bem a curiosidade raivosa dos alunos para dar respostas bem explicadas e prolongadas (as vezes prolongadas demais) sobre as questões levantadas.

A participação da turma, no entanto, tem piorado, o que é muito triste, e deixa as aulas piores, um pouco. Hoje foi particularmente interessante. Discutíamos um texto sobre os pigmeus e um colega achou o perfil deles estranho. Onde estão os canibais? Pigmeus não são aqueles que usam ossos amarrados na cabeça, dançam em torno do caldeirão e comem gente? Não tem uma coisa assim no Indiana Jones?

Na verdade o texto do colega foi mais ou menos assim: "Desde criança eu ouço falar dos pigmeus antropofágicos que se ornamentam com chifres, colecionam cabeça de gente..."

Tive um professor de filosofia na faculdade que interrompia todo aluno que começava a frase com "eu acho que...". Jorge, o nome dele. "Você não acha nada. Platão, Aristóteles, Rousseau acham. Na graduação, não se 'acha', na graduação a gente estuda e entende o que os grandes pensadores acham. No mestrado você aprofunda o estudo sobre um tema ou um autor. No doutorado a gente vai começar a achar alguma coisa, então sejam pacientes, e digam o quê que autor acha."

É claro que ele era um pouco mais indelicado do que o necessário, mas tinha lá sua razão. Com o tempo essas manifestações tendem a desaparecer (espero). Que fazer até lá?
 
2.4.05
 
m a s . . .

Joguinho razoavelmente difícil de solucionar aqui

Um pouco de má índole para as massas.
 
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