21.2.08
  assalto

Vinha subindo a ladeira e ouço uma voz de menino. Ô vei! Achei que não era comigo, como sempre. Ô vei! Mais perto, agora. Cadê o celular? Oi? Cadê o celular?

Um segundo depois: eu conheço esse guri? Como assim 'cadê o celular'?

Outro segundo depois: acho até que eu conheço.

Mais um segundo depois: caralho, ele tá segurando uma faca maior que ele, entendi, esse fedelho tá me assaltando. Ah, sim...

Só mais um segundinho depois: É faca de verdade? Ele tá tremendo, tá apavorado. É faca de verdade. Lembrei com quem ele parece. Tramontina. Parece com Gabrielzinho. Talvez não seja Tramontina, não dá pra ler. Não conheço mesmo, esse guri.

Tá aqui, rei, relaxe aí. Entreguei o celular.

1 minuto depois: parei e fiquei olhando. O moleque entrou por São Brás. Fiquei esperando ele aparecer e dizer: 'Mermão, essa miséria não tem nem câmera!' aí me devolvia, já ouvi histórias assim. Aí lembrei que tem câmera. Tira foto mas não filma. Era de cartão. A bateria já não tava muito boa.

10 minutos depois: a agenda de contatos! Que merda.

30 minutos depois: merda, o moleque roubou meu despertador.

Foi o assalto mais casual/lounge/música de elevador que eu já participei. E eu já participei de vários.

Veadinho.
 
15.2.08
  situação complicada com a FUNARTE
Saudações amigos da imprensa, gestores, colegas artistas,

Somos A Outra Companhia de Teatro, grupo residente do Teatro Vila Velha (Salvador, Bahia), há apenas quatro anos em atividade, estamos passando por uma situação complicada e relativamente comum no meio teatral. Gostaríamos de aproveitar o nosso "aperto" para trazer esta questão à tona, para discutir, movimentar, denunciar, articular, comunicar. É provável que outros grupos estejam passando por situação semelhante, e é importante que a gente se veja, se reconheça.

A Outra Companhia de Teatro foi contemplada com o Prêmio FUNARTE de Teatro Myriam Muniz no ano de 2007. Passamos com um projeto de um seminário sobre a história do Teatro na Bahia, dos anos 60 aos 90, agregando estudiosos do tema, professores, artistas atuantes nas quatro décadas, estudantes e curiosos, que resultará, ou resultaria, em registro escrito e audiovisual da história do teatro feito aqui, através da memória. O projeto prevê ainda montagem de espetáculo - um texto baiano dos anos 70 - de uma autora que este ano completa 40 anos de teatro. Durante o processo de montagem, aconteceriam oficinas de capacitação para o elenco e artistas da cena local. Oficina, seminário, espetáculo, registro. Trabalho de sobra.

Nosso cronograma foi se flexibilizando com o passar dos dias, assim como as ações propostas, até que a realização do projeto da forma que inscrevemos e que foi aprovado se tornasse inviável.

Atrasos em repasses de prêmios e patrocínios acontecem por motivos diversos, nós sabemos. Nesses casos, produtor de teatro vira malabarista, remaneja uma coisa de lá, põe cá, e resolve, para que o dinheiro seja gasto da forma prevista, os prazos sejam cumpridos, e para que não tenhamos problemas com o público, com os profissionais envolvidos ou com a prestação de contas. Essa realidade é conhecida. Assim como já fizemos teatro sem patrocínio, sem apoio financeiro algum, do jeito que dava, pedindo emprestado, negociando permutas, como quase todo artista de teatro brasileiro faz ou fez um dia. Já pudemos experimentar - apesar de ter relativamente pouca estrada - ser bem pagos, mal pagos e não pagos.

A situação atual, no entanto, é novidade.

Com três meses de atraso de repasse do patrocínio, a única informação que obtemos da Fundação Nacional de Artes (apesar dos insistentes telefonemas e e-mails), é que no fim do mês de janeiro teríamos uma previsão de quando a verba seria repassada. Até agora continuamos sem essa previsão. Outro comunicado interessante é que não podemos saber o motivo do atraso! Fomos informados que é "um problema com a Petrobras", que não pode ser revelado! Então para quem nós ligamos? Com quem a gente fala? Para quem a gente reclama? O que acontece com os prazos a serem cumpridos?

Fica a impressão de que não somos levados a sério e que eles mesmos não consideram importante as ações que promovem e que tanto faz ter ou não projetos acontecendo...

Pior que trabalhar sem recursos e sem estrutura, é achar que vai ter e não ter. Repasse atrasado é ruim. Repasse atrasado, sem previsão de pagamento e sem nenhum tipo de esclarecimento é absurdo, é desrespeitoso.

Comunicamos que continuamos trabalhando e a data da estréia está mantida. O Pique dos Índios ou a Espingarda de Caramuru, estréia no dia 06 de março, no Teatro Vila Velha. Nos vemos lá.

Atenciosamente,

A Outra Companhia de Teatro (Salvador – BA)
 
11.2.08
  voou
foi.

o jeito é esperar voltar.
 
4.2.08
  são paulo
estou mal acostumado.

assisti mais horas de TV nesses três dias do que no mês de janeiro inteiro somado. E cansei de MTV já pela segunda vez ao ano.

Fui ver New Rave Kids on the Block, mas não deu. Em São Paulo, a prática provinciana (super em voga em Niu Iórque) de barrar pessoas pra que a fila na porta fique enorme, fez com que o show dos meninos fosse pra uma casa meia bomba, com 200 pessoas do lado de fora querendo entrar. Uma hora e pouco depois de ter chegado, entro, encontro com Iggor Cavalera discotecando (oi, Iggor) e encaro algumas horas de tuts puts tuts puts. Qualquer Johnny B Good me faria mais feliz, mas a verdade é que acabei me divertindo. Encontrei meu contato New Rave Kid, conversamos sobre um futuro melhor.

Na saída, tropeço em Lúcio Riberio (oi, Lúcio). Deixo o EP não-masterizado da minha banda com ele. "Dá um retorno, se não gostar. E se achar uma porcaria, por favor, diz também".

Noite seguinte, Clash Club, pra ver Lucy & the Popsonics e Panico (Chile). Chegamos cedo, daí encontro Fernanda Popsonic e outro New Rave Kid, e adivinhe quem também estava lá? Lúcio Ribeiro. Me escondo, pra ele não achar que eu estou seguindo ele, e também por achar que ele pode estar me seguindo...

Daí o nome da menina era Fernanda, mas ela não era a Popsonic. Entendi porque ela tava tão blasé sem entender direito o que eu tava falando. Mas para um ocaso tão acaso, ela até interagiu bem. O assunto predominante foi a cena rock de Salvador nos anos 90. A falsa Popsonic comentou sobre Inkoma, brincando de deus, Dois Sapos e Meio... só faltou falar de Veuliah, aí eu ia ficar realmente impressionado. A Popsonic de fato apareceu no palco fez um belo show pra uma Clash vazia. Gostei. Daí conversamos, trocamos CDs, planos de dias melhores, coisa e tal.

A apresentação dos Popsonics foi um "show do disco", com energia, com piadinhas, bem legal. Com um pouco mais de experiência farão um showzaço. Mas já tá bem bom. Depois vieram os chilenos que fizeram uma imensa jam session poluída usando como base músicas que a gente não conhece. Era bem feito e tudo, mas eles ficaram com toda a parte da diversão. Panico toca um "rock antigo" com eletronicagens por cima, e não é tão (ou não foi tão) dançante. Daí morgamos e fim.

Teve mais coisa, claro. Mas por enquanto, foi isso.
 
2.2.08
  sp
Era pra cidade estar mais vazia.

Mas tudo bem.
 
blog. só um blog.

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