31.7.07
ahnm...
Andei lendo as coisas que o Lúcio Ribeiro escreve. Divertido.
Diz que vem tocar em Salvador mas não diz quando nem onde. Da outra vez que ele vinha, o vôo atrasou e a festa ficou sem Lúcio Ribeiro. Acontece. A curiosidade permanece.
Usou adjetivos positivos ao falar de Joanna Newsom. Baixei o disco novo. Disco de 5 músicas. Parece björk em outro timbre tocando harpa misturado com o novo hype meninas que cantam Casey Dienel.
Não é assim bom, não. É esquisito. É notável. Mas já ouvi uma vez.
---
Ando me chateando com campanhas de "torne-se vegetariano". Fiquei com preguiça de achar de novo a imagem de uma campanha muito bem feita que coloca um homem nu numa bandeja de isopor gigante com plástico em volta simulando venda de carne de açougue de supermercado (manchas de sangue e tudo) e uma placa com os dizeres: ANIMAIS - se você ama uns, porque come outros?. "Uns" se referindo a cachorros, "outros" a bois.
A execução é ótima, a idéia defendida é imbecil. Deu vontade de responder com outra campanha imbecil: Quadro 1, Sujeito abraça a namorada cheio de amor pra dar, feliz com a vida. Quadro 2, sujeito ignora o pedido de moedas de um mendigo que dorme na rua com fome. GENTE - se você ama uns, porque manda outros à porra?
Quer ser vegetariano, seja, quer que eu seja, argumente, mas não tente fazer com que eu pareça um monstro por comer carne. O consumo de carne não vai parar (se é que a meta é essa), assim como as crianças tailandesas não vão ser felizes se a gente deixar de comprar Reebok. E eu não amo os animais.
---
Bom mesmo é Datarock. Estou viciado.
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-----> alguma coisa aqui: www.verdurada.org ¶ 12:09
Diz que vem tocar em Salvador mas não diz quando nem onde. Da outra vez que ele vinha, o vôo atrasou e a festa ficou sem Lúcio Ribeiro. Acontece. A curiosidade permanece.
Usou adjetivos positivos ao falar de Joanna Newsom. Baixei o disco novo. Disco de 5 músicas. Parece björk em outro timbre tocando harpa misturado com o novo hype meninas que cantam Casey Dienel.
Não é assim bom, não. É esquisito. É notável. Mas já ouvi uma vez.
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Ando me chateando com campanhas de "torne-se vegetariano". Fiquei com preguiça de achar de novo a imagem de uma campanha muito bem feita que coloca um homem nu numa bandeja de isopor gigante com plástico em volta simulando venda de carne de açougue de supermercado (manchas de sangue e tudo) e uma placa com os dizeres: ANIMAIS - se você ama uns, porque come outros?. "Uns" se referindo a cachorros, "outros" a bois.
A execução é ótima, a idéia defendida é imbecil. Deu vontade de responder com outra campanha imbecil: Quadro 1, Sujeito abraça a namorada cheio de amor pra dar, feliz com a vida. Quadro 2, sujeito ignora o pedido de moedas de um mendigo que dorme na rua com fome. GENTE - se você ama uns, porque manda outros à porra?
Quer ser vegetariano, seja, quer que eu seja, argumente, mas não tente fazer com que eu pareça um monstro por comer carne. O consumo de carne não vai parar (se é que a meta é essa), assim como as crianças tailandesas não vão ser felizes se a gente deixar de comprar Reebok. E eu não amo os animais.
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Bom mesmo é Datarock. Estou viciado.
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-----> alguma coisa aqui: www.verdurada.org ¶ 12:09
28.7.07
despedidas
Tudo mudando pra agosto.
Um monte de tchau, alguns até logo, um adeus.
Algumas chegadas, também.
Tô aqui antecipando saudades, reativando meu talento pra nostalgia, pensando na vida.
Nesses dias sempre chove. ¶ 15:21
Um monte de tchau, alguns até logo, um adeus.
Algumas chegadas, também.
Tô aqui antecipando saudades, reativando meu talento pra nostalgia, pensando na vida.
Nesses dias sempre chove. ¶ 15:21
25.7.07
20.7.07
fim
Me preparei emocionalmente para, logo que ACM saísse do hospital postar: "Extra! Extra! ACM ressucitou!".
Esse, como outros, é um daqueles casos em que nunca saberemos bem como as coisas aconteceram. Fato é que neste momento o corpo está a caminho para o Palácio da Aclamação onde será velado com grande balbúrdia. Vai-se um personagem brasileiro.
Adoro a teoria da conspiração de que ele morreu naquela quarta-feira, 20/06, e que articulações obscuras seguraram o corpo até que o esquema (seja qual for) estivesse completo.
E agora, o que será? ¶ 16:26
Esse, como outros, é um daqueles casos em que nunca saberemos bem como as coisas aconteceram. Fato é que neste momento o corpo está a caminho para o Palácio da Aclamação onde será velado com grande balbúrdia. Vai-se um personagem brasileiro.
Adoro a teoria da conspiração de que ele morreu naquela quarta-feira, 20/06, e que articulações obscuras seguraram o corpo até que o esquema (seja qual for) estivesse completo.
E agora, o que será? ¶ 16:26
18.7.07
23+1
Gente bonita, é o seguinte:
Tô em momento de trabalho intenso que não posso negligenciar. É um projeto que eu mesmo sou meu patrão. É dinheiro público a me patrocinar (não ganho nada pelo projeto, mas sou responsável - também - pela aplicação do tal). Verba do BNB, imaginem. Assim sendo, dia 19/07 estarei ocupado até as 23h. E volto a trabalhar às 13h do dia 20/07 (consegui esse espaço com muita negociação).
Digo assim, porque tenho sido indagado quanto à festa. Nunca faço festa. As vezes minha mãe compra um bolo.
Programas leves (desses que a ressaca é pouca) estão liberados. Mas tô sem gás nem tempo de organizar.
O que rolar, rolou.
Senão, ano que vem tenta-se de novo. =]
No mais, só a expectativa de festa e confraternização já fazem com que eu me sinta amado e querido.
Beijos e que a paz de Alá esteja convosco. ¶ 01:46
Tô em momento de trabalho intenso que não posso negligenciar. É um projeto que eu mesmo sou meu patrão. É dinheiro público a me patrocinar (não ganho nada pelo projeto, mas sou responsável - também - pela aplicação do tal). Verba do BNB, imaginem. Assim sendo, dia 19/07 estarei ocupado até as 23h. E volto a trabalhar às 13h do dia 20/07 (consegui esse espaço com muita negociação).
Digo assim, porque tenho sido indagado quanto à festa. Nunca faço festa. As vezes minha mãe compra um bolo.
Programas leves (desses que a ressaca é pouca) estão liberados. Mas tô sem gás nem tempo de organizar.
O que rolar, rolou.
Senão, ano que vem tenta-se de novo. =]
No mais, só a expectativa de festa e confraternização já fazem com que eu me sinta amado e querido.
Beijos e que a paz de Alá esteja convosco. ¶ 01:46
14.7.07
diálogo
meu pai: Me conte uma coisa boa.
Camilo: Mandei um e-mail para o Jornal A Tarde.
Eles publicaram a palavra "carangueijo" que não procede.
Os loucos da agência espacial européia querem mandar gente de verdade pra Marte.
Eles passarão um ano e meio no espaço, num quarto de 4 m2
...sem tomar banho.
meu pai: Tem que ser um Japonês...nascido na França.
Camilo: com mais de 1,84m
(nunca entendi essa exigência, acho que pequeninos se adaptariam melhor a espaços pequenos)
meu pai: A Tarde: isso é café pequeno, todo dia tem merda, muitas. Se for escrever não faz outra coisa.
Camilo: mas foi no A Tardinha.
Escrevi pelas crianças.
meu pai: Muiiito beeeeem!
Camilo: veja:
o quarto tem 4m2
o cara tem 2m
Ele estaria mais confortável com 1,68!
meu pai: É que tem aí uma experiência médica, na área da ortopedia.
Deixa ver se entendi: você queria ir?
Camilo: De jeito nenhum.
Esses caras não só vão morrer sem ser enterrados, não só a missão vai ser um fracasso completo, como a utilidade dela é deveras questionável.
meu pai: Até porque você tem mais que 1,68...
Camilo: Eles podiam investir essa grana pra salvar esse mundo aqui.
meu pai: É mais, vendo por outro lado, essa pessoa pode ser a única a se salvar. Melhor ir um casal.
Camilo: plantando trepadeiras no Palácio de Versailles, pra sequestrar carbono.
meu pai: Ou transformando o mundo em um imenso canavial.
(Proposta do Lula)
Camilo: "do Lula", meu pai?
Você não tá na cidade mais fronteiriça do nordeste, me aprontando uma dessa?
meu pai: Mas é. Etanol para o mundo....
E glória dos latifundiários.
Camilo: Não, pai, não...
"de Lula", "de Lula"!
E não "do Lula".
meu pai: Aaaahhhhh! Sim, tá certo. É que estou conversando com sua irmã também.
Camilo: Pobre condenada.
meu pai: OOOOOOlhe... ¶ 10:11
Camilo: Mandei um e-mail para o Jornal A Tarde.
Eles publicaram a palavra "carangueijo" que não procede.
Os loucos da agência espacial européia querem mandar gente de verdade pra Marte.
Eles passarão um ano e meio no espaço, num quarto de 4 m2
...sem tomar banho.
meu pai: Tem que ser um Japonês...nascido na França.
Camilo: com mais de 1,84m
(nunca entendi essa exigência, acho que pequeninos se adaptariam melhor a espaços pequenos)
meu pai: A Tarde: isso é café pequeno, todo dia tem merda, muitas. Se for escrever não faz outra coisa.
Camilo: mas foi no A Tardinha.
Escrevi pelas crianças.
meu pai: Muiiito beeeeem!
Camilo: veja:
o quarto tem 4m2
o cara tem 2m
Ele estaria mais confortável com 1,68!
meu pai: É que tem aí uma experiência médica, na área da ortopedia.
Deixa ver se entendi: você queria ir?
Camilo: De jeito nenhum.
Esses caras não só vão morrer sem ser enterrados, não só a missão vai ser um fracasso completo, como a utilidade dela é deveras questionável.
meu pai: Até porque você tem mais que 1,68...
Camilo: Eles podiam investir essa grana pra salvar esse mundo aqui.
meu pai: É mais, vendo por outro lado, essa pessoa pode ser a única a se salvar. Melhor ir um casal.
Camilo: plantando trepadeiras no Palácio de Versailles, pra sequestrar carbono.
meu pai: Ou transformando o mundo em um imenso canavial.
(Proposta do Lula)
Camilo: "do Lula", meu pai?
Você não tá na cidade mais fronteiriça do nordeste, me aprontando uma dessa?
meu pai: Mas é. Etanol para o mundo....
E glória dos latifundiários.
Camilo: Não, pai, não...
"de Lula", "de Lula"!
E não "do Lula".
meu pai: Aaaahhhhh! Sim, tá certo. É que estou conversando com sua irmã também.
Camilo: Pobre condenada.
meu pai: OOOOOOlhe... ¶ 10:11
11.7.07
10.7.07
alerta municipal
Escondam suas crianças. Tiago Lima está na cidade.
Aviso que com ele aqui, não sou o mesmo. Sinto muito. ¶ 15:22
Aviso que com ele aqui, não sou o mesmo. Sinto muito. ¶ 15:22
3.7.07
déjà vu
De um lado da avenida, o mercadinho. Resistente, vivo ainda. Triunfando onde o Petipreço se deixou vencer. Um dos fortes da categoria com o visual mau gosto característico do centro da cidade.
Do outro lado, o Baú da Felicidade.
É para lá que vai o sujeito da nossa história de hoje. A velhinha ou velhinho anônimo que morrerá de um baque só ao sentir o peso insensível de um TANCREDO NEVES/BEIRÚ da empresa BTU por sobre corpo, botina e bengala.
Vejo essa cena sempre. No mínimo, uma vez por semana, a caminho do trabalho. Velhinhos se jogam para a morte, de preferência debaixo de um ônibus, em busca do Baú da Felicidade.
A faixa de pedestres fica logo ali, no sinal. Anda trinta metros, espera o sinal, outros trinta metros e chega ao Baú. Nessa idade, qualquer caminhada já é ginástica de baixo impacto. Mal não vai fazer. É uma forma recomendada e segura de atravessar as ruas, mas sem emoção alguma. Então não é o bastante para os nossos velhinhos.
Eles olham, calculam mal, se jogam, o TANCREDO NEVES/BEIRÚ freia no último momento, eles páram assustados como quem vai morrer, saem da frente do ônibus envergonhados e entram depressa (o mais depressa que conseguem) na loja do Baú. O ônibus segue seu caminho com o motorista balançando a cabeça enquanto pensa: eu não sou pago pra isso.
Os motoristas provavelmente já se acostumaram. Ou sabem pelo treinamento da empresa que, onde há Baú, há velhinhos suicidas. ¶ 14:42
Do outro lado, o Baú da Felicidade.
É para lá que vai o sujeito da nossa história de hoje. A velhinha ou velhinho anônimo que morrerá de um baque só ao sentir o peso insensível de um TANCREDO NEVES/BEIRÚ da empresa BTU por sobre corpo, botina e bengala.
Vejo essa cena sempre. No mínimo, uma vez por semana, a caminho do trabalho. Velhinhos se jogam para a morte, de preferência debaixo de um ônibus, em busca do Baú da Felicidade.
A faixa de pedestres fica logo ali, no sinal. Anda trinta metros, espera o sinal, outros trinta metros e chega ao Baú. Nessa idade, qualquer caminhada já é ginástica de baixo impacto. Mal não vai fazer. É uma forma recomendada e segura de atravessar as ruas, mas sem emoção alguma. Então não é o bastante para os nossos velhinhos.
Eles olham, calculam mal, se jogam, o TANCREDO NEVES/BEIRÚ freia no último momento, eles páram assustados como quem vai morrer, saem da frente do ônibus envergonhados e entram depressa (o mais depressa que conseguem) na loja do Baú. O ônibus segue seu caminho com o motorista balançando a cabeça enquanto pensa: eu não sou pago pra isso.
Os motoristas provavelmente já se acostumaram. Ou sabem pelo treinamento da empresa que, onde há Baú, há velhinhos suicidas. ¶ 14:42
