r a ç aPelos corredores do teatro, entrei na produção no meio de uma discussão quente. Eu tinha acabado de ser citado como exemplo: "Camilo, por exemplo, é negro. Só não é escuro. Faltou tinta". Passei pela porta e fui alvejado com esta pergunta: "Você é branco ou é negro?". A resposta que eu achei na hora foi só: "Não tem mais nenhuma categoria pra escolher?"
E sua mãe? É branca ou é negra?
Bem, isso aí eu deixo pra ela escolher quando crescer.
Não sou nem um nem outro. Não vou dizer a ninguém que eu sou negro, para não ser alvo de chacota dos meninos zombeteiros da região. Eu mesmo me chacotaria. Não vou dizer que eu sou branco, pelo mesmo motivo. Não seria chacotado. Eu sou "mais" "branco" do que "negro".
Eu fico com essas coisas deixadas sem resolver na cabeça.
A resposta veio muito mais tarde. Se me perguntarem de novo: "Você é branco ou é negro?", a resposta pronta vai ser: "Você está perguntando a um cachorro se ele é gato ou coelho. Não faz sentido".
Não faz mesmo. "Branco" é uma escandalosa redução. Assim como "negro". Norueguês não é a mesma coisa que italiano que não é a mesma coisa que francês, que também não é inglês. Assim como nigerianos não são khoisan, que não são iorubanos que não são senegaleses. Querer que eu escolha entre branco e negro, é nonsense total. Coisa de americano.
+ s a l v a d o r . c a r dRodolfo está certo: A prefeitura desperdiçou uma boa chance de se livrar do nome patético que é "Smart Card" e trocá-lo por qualquer coisa menos provinciana. "Salvador Card" é péssimo.
Novidades. Deu no A TARDE de novo. As mobilizações já aconteceram, o trânsito já parou. Mas tem parado mais por causa da chuva do que por causa do Salvador Card. Um terceiro posto de recarga vai ser criado na Lapa (pertinente, mesmo que apenas paliativo), o limite imediatamente sobe para 5 recargas, e no dia 30 de junho, o limite acaba e você poderá recarregar n vezes.
"Porque não acaba logo, esse limite?". Não sei dizer. Mas de fato, é muito provável que haja pequenas complicações operacionais para liberar o limite.
O prazo para validar o Salvador Card também se estendeu por mais 30 dias.
Por todo o lado ouço pessoas dizendo que "não foi discutido", "não abriu para discussão", "isso assim, de repente". Gostaria apenas de declarar que eu, que não sou parte interessada desta bagaça, que não terei Salvador Card porque me sobra vale-transporte todo mês, procurei saber de reuniões. Soube de três. Fui a uma. As pessoas rejeitam qualquer tipo aglomeração institucional, não lêem jornal, escracham as organizações que (sub) existem (DAs, CAs, grêmios, sindicatos...) e não se propõem a ser parte da solução. Eu, se fosse prefeito e quisesse conversar com a população sobre qualquer coisa, ia ter muita dificuldade. Não tô dizendo que o processo é bacaninha, legal pra caralho. Esta implementação foi e está sendo é fuleira, mas o problema não é só "deles", os "vilões". Quem está negociando com a prefeitura é a UNE, a UBES e alguns DCEs. Eu estive lá com eles! DCE da Ruy Barbosa, da FTC, da 2 de Julho, da Uneb, diretor da UNE que é da UFBA, diretor da UBES... Como é que não conversou?! "Ah, essas instituições são pelegas (ou qualquer outro adjetivo que as invalida completamente), não representam o estudante". Aí, cumpadis, é problema pros estudantes resolverem. Por fim, acho que se a comunicação é difícil ou mal feita, o estudante comum, que fica escrevendo SPAM com argumentos imbecis contra o Salvador Card, também é culpado.
Porra.
g r a a a a a !"Teatro é legal, né? Você tá fumando um cigarro no corredor, de repente passa um cara vestido de papagaio, faz: e aí? beleza? Beleza..."
(Kiko Povoas)
Último fim de semana, hein crianças?
i n f o r m e . à . p o p u l a ç ã o(deu no A TARDE)
Salvador Card mantém conquista dos estudantes
O Salvador Card faz parte do projeto da Prefeitura Municipal de
bilhetagem eletrônica, que busca:
A) Retirar dos ônibus a circulação de dinheiro em espécie como forma
de desestimular assaltos e promover a segurança no transporte
coletivo;
B)
Possibilitar, após estudo econômico financeiro, a integração entre
as linhas de transporte, o que significa o usuário pagar uma tarifa em
um percurso e apenas um complemento no percurso seguinte evitando o
pagamento de duas tarifas;
C)
Possibilitar o planejamento exato dos roteiros das linhas detransporte para: cumprimento rigoroso de horários, menor lotação nos
ônibus, menor tempo de espera no ponto, menor tempo na viagem.
Apesar de significar um avanço positivo, informações distorcidas e
incorretas têm sido veiculadas.
Por isso é precisa esclarecer o seguinte:
O Salvador Card não alterou qualquer direito dos estrudantes;
No caso de perda ou roubo do cartão, o estudante não perde as
passagens não utilizadas após o bloqueio, as quais lhe serão
restituídas pelo Salvador Card, desde que seja comunicado o fato para
que o cartão seja bloqueado;
O estudante, após a aquisição do crédito, terá 150 dias, fora o mês
da compra, para utilização dos seus créditos, o que pode chegar até
180 dias o prazo para uso;
Não há valor mínimo de recarga ficando a critério do estudante onúmero de passagens adquiridas em cada visita, podendo colocar nocartão o número de passagens a que tem direito por lei;
O valor da segunda via da Meia-Passagem Estudantil foi reduzido de 20
tarifas para 12 tarifas, beneficiando cerca de 60 mil estudantes por
ano;
O Salvador Card não descarta a possibilidade de ampliar o número de
postos de atendimento ao público;
O Salvador Card não descarta a ampliação do número de visitas aos
postos de atendimento apra recarga do cartão;
Estes dois últimos itens - reinvidicados pela UNE e UBES, têm sido
discutidos com estudantes e com a Prefeitura Municipal, mas é
necessário um estudo criterioso visando não apenas atendê-los como
viabilizá-los operacionalmente mantendo a qualidade do serviço;
Que, por iniciativa da Presidência do Sindicato dos Rodoviários em
reunião realizada com o SETPS e o Salvador Card, havida no mês de
março próximo passado, ficou ajustado que a implantação da bilhetagem
plena não importaria, sob nenhuma hipótese, na extinção do cargo de
cobrador.
O tema Salvador Card tem sido exaustivamente e democraticamente
discutido entre os mais diversos setores da sociedade, entre eles o
Ministério Público, em Salvador, ficou acordado o seguinte:
O Salvador Card admitirá convênios com outras entidades estudantis, em
igualdade igualdade de condições com a União Brasileira dos Estudantes
Secundaristas (UBES) e União Nacional dos Estudantes (UNE), mediante
critérios a serem definidos pela Prefeitura Municipal de Salvador.
Ficará a critério do estudante a aquisição do cartão da Meia-Passagem
Estudantil com a Meia-Entrada Estudantil, utilizada em cinemas,
teatros, etc.
Quaisquer dúvidas ou esclarecimentos adicionais poderão ser efetuados
através do site: www.salvadorcard.com.br
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Grifei os pontos que eu considero mais importantes, por serem discutíveis, ambíguos ou falsos.
Sobre B e C: implementar uma mudança estrutural na organização do transporte desse calibre para somente então fazer estudos e planejamentos, é errado. É ruim para a população. Os estudos poderiam ser feitos de outra forma. E planejamento, vem de planejar, fazer planos. Poderia ser feito com antecedência e já dar respostas concretas quanto a estes futuros benefícios. Quando virão? Como virão? Virão? Mas assim, uma coisa por cima da outra, considerando a falta de DW40 da nossa máquina pública, é apressado, equivocado e suspeito.
Não há valor mínimo para recarga, mas há limite de recargas, o que na prática, determina um valor mínimo.
Admitir convênios com outras entidades mediante critérios A SEREM definidos é a brecha que um bom filho de uma sacana manca precisa para perpetuar a saga baiana das entidades estudantis fantasmas que prejudicam todo o setor artístico do Estado, e por consequência, toda a população. A Bahia é mal vista por todo o país por causa da quantidade extraordinária de falsificações. Quando foi mesmo a última vez que Chico veio a Salvador?
Com muita boa vontade, arroz, feijão e uns ajustes, esse negócio pode dar certo. Tem pontos positivos também.
!, ... e !Eu nunca fui, só ouvi falar, mas vê só que interessante: Acontece no Marback/Imbuí/Boca do Rio, com periodicidade não determinável via Google, um evento chamado "Pra deixar Faustão falando sozinho". Sempre aos domingos à tarde, perto do Bar Piscina. Entrada franca. Atrações variadas.
Se eu bem entendi, é um show de rock, ou reggae, ou ska, ou "música cultural brasileira"(?), enfim, dessas bandas que não ganham dinheiro direito, e uma televisão. A televisão ligada no Faustão e virada para a parede. Pra deixar Faustão falando sozinho.
A notícia é velha e requentada. Parece que a coisa acontece desde 2004. Talvez antes. E os indícios apontam para uma coisa "super astral", dessas para as quais eu nunca mais encontrei companhia, desde que deixei de sair com frequência com pessoas que são "do rock" por talento e profissão. E também não deve ser mais legal que os shows de outros lugares. No entanto, este conceito, essa idéia, "pra deixar Faustão falando sozinho" é boa demais. Dá vontade de ir, pelo menos uma vez, só pra se certificar de que isso realmente acontece. Só pra ter certeza que realmente ligam a TV e viram pra parede. Sensacional.
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Vi
Depois de Horas, de Scorcese. De 1985. Me falaram do filme como sendo uma comédia. "A comédia de Scorcese". É uma brincadeira. Um sujeito sai de noite sozinho, conhece uma mulher do nada, vai pra casa dela, e daí em diante uma sequência de acontecimentos muito improváveis e totalmente 'do nada' se desenrolam. E estão, quase todos (senão todos) conectados entre si de alguma forma. A explicação de um dos personagens para as coisas estranhas, justifica o título do filme: "é que depois de horas, as regras são outras". O roteiro força a barra um pouco nas coincidências (mesmo sendo essa a proposta), e o protagonista é excessivamente burro em uma ou duas situações - para que o filme possa continuar - o que é irritante. As cenas finais, que fecham o ciclo de coincidências e pôem um ponto final na história são completamente Didi Mocó. Ah, o filme tem a participação de Cheech e Chong.
Eu me diverti, mas eu sou excêntrico.
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Vale registrar que o mundo está desabando. Teve uma prévia na quarta, mas começou mesmo nesta quinta-feira. As partes baixas da cidade alagaram-se todas, alguns carros foram efetivamente arrastados por correntezas aqui e ali, o asfalto solúvel soteropolitano fez a sua parte e se dissolveu. Não tem auto-suficiência de petróleo que dê jeito nos buracos desta cidade nesse período de chuva.
O mais impressionante no entanto, é que mesmo assim, registramos nesta quinta, no África/Cinema - a mostra gratuita de filmes africanos que acontece quartas e quintas no Vila - um público de 70 a 80 pessoas. Gente tarada. Um genuíno toró inundando a cidade desde as 16h, e às 20h, um público de setenta e poucos psicóticos molhados presentes para ver Heremakno - Em busca da felicidade. Dois grupos de teatro promovem o evento. Das vinte e poucas pessoas desses grupos, contando comigo, tinham seis presentes. Quer dizer, nem os realizadores saíram de casa. Foi o público mais inesperado que eu já vi, desde a trágica estréia com uma pessoa na platéia, o ano passado.
África/Cinema é sucesso.
f a m aAparecei na TVE de novo. Dessa vez no Soterópolis. Sábado, duas da tarde. Domingo em outro horário. Eu, Carmem Bittencourt, Mário Gadelha e Marcio Meirelles. Eu nem ia falar nada, mas Marcio insistiu. É sobre a coleção de 40 postais que comemoram os 40 anos do Vila.
Dessa vez é, de fato, 10 segundos.
c u r t a sO Prêmio Braskem foi bem como eu previ. Mais ou menos.
Reza a lenda que no ano que vem o prêmio popular vai dar dinheiro ao premiado. Se quiserem saber a minha opinião, eu sou contra. Prêmio popular com grana é problema.
Assisti a 2046. O filme é bonito. É bom mastigar as informações dos filme nós mesmos em oposição ao cinema americano regurgitado. Podia ser mais curto. Cansa. A história parece que chega ao fim diversas vezes. Depois da terceira, comecei a torcer para que o próximo fim, fosse um fim de fato, e isso não pode ser um bom sinal. E eu não sei dizer porque o natal é tão importante para os chineses do filme.
Quarta e Quinta que vem às 20h serei anfitrião em África/Cinema, o evento de exibição gratuita de filmes africanos que está acontecendo no Teatro Vila Velha. Olhares africanos sobre a África. Os filmes serão Kuxa Kanema (Moçambique/Portugal) e Heremakono - Esperando a felicidade (Mauritânia/França), respectivamente. No primeiro, palestra posterior ao filme do professor Valdemir Zamparoni e no segundo, Francisco Serafim.
www.teatrovilavelha.com.brRefleti esses dias sobre a partícula "andro". Poliginia é a palavra que determina a poligamia em que um homem é casado com várias mulheres. O contrário, muitos homens casados com uma só mulher, é poliandria. Andrógino é macho e fêmea. Andróides. A partícula "óide" é usada para algo que se parece com. O negróide se parece com o negro. É similar. O andróide se parece com um macho. Ironicamente (ou não), os mais famosos andróides do cinema são efeminados. E em 2046 são mulheres. O termo assexuado, acredito, seria antropóide.
Amanhã sai o resultado de dois editais de cultura: BNB e Circulação Cultural. O Banco do Nordeste prefere contemplar dezenas de pequenos projetos. Estou direta ou indiretamente envolvido em três projetos do BNB (até onde eu sei). Dois deles, irresponsavelmente baratos e convincentes. Grandes chances. O terceiro, menos trabalhoso, mais vantajoso e realista, logo, muito mais caro. Chances remotas. Os critérios da Fundação Cultural para os projetos de Circulação variam como as fases da lua e dependem da posição de Urano em relação a Vênus. Veremos. Se passarem todos, estarei em apuros.
Fiquei brincando com uma foto que João bateu, deu nisso.
b a h i a !Na "quinta-feira santa" fui trabalhar mais cedo para me liberar mais cedo e otimizar a minha liberdade de feriado religioso. Indo cedo para o trabalho, almoçamos por ali. Decidimos conhecer o boteco bar restaurante churrascaria pizzaria "Bom te ver" do Politeama, vulgarmente conhecido por "Cai duro".
Ouvimos falar do Cai duro por ser um PF consistente, barato e bastante reputado se comparado aos PFs da região. Quem nos convidou foi o chefe. Quando chegamos, vi que era um lugar trash por excelência e natureza, porém, limpinho e arrumadinho. Parede recém pintada, mesas limpas e arrumadas. Nenhum cachorro. Moscas, também não vi. Impressionante.
Então veio o atendimento.
Boa tarde, alguma coisa pra beber? O chefe pediu uma Coca de um litro e pedimos já os nossos PFs. Bife, bife e nossa colega que foi conosco, carne de sol. Chega a Coca com três copos "de uísque", cada um com uma pedra de gelo enorme e uma rodela de limão. Ô meu velho, eu tenho um problema sério com limão na Coca-Cola, você pode trazer um copo só com gelo? - Juliana completou: "eu também, pode trocar meu copo, também?" O caba deu uma olhadinha de cima pra baixo, como quem diz "tá achando que eu sou sua vagabunda?" e ficou em silêncio. O silêncio durou mais alguns instantes até a solução: bota aí no outro copo. "Oi?". Bota aí, no outro copo, o de um no outro.
O primeiro a rir foi o chefe. Ria e colocava, no copo dele, o gelo e o limão dos nossos copos. Aí eu comecei a rir. Juliana desatou a rir junto. O garçom riu também! Com a gente! Que engraçado! Como o gelo era gigante, ficou o chefe com gelo saindo pelo copo e o garçom rindo ficou parado ainda algum tempo esperando pra ver se a gente não queria mais alguma coisa. Comemos nosso PF. De fato consistente. De fato, melhor que os encontrados na região. Atendimento com a cara da Bahia.
b r a s k e mHoje é dia de Prêmio Braskem de Teatro. Tô lá.
O Teatro tem 4 indicados. Jarbas Bittencourt (Trilha Sonora de O Sapato do meu Tio), Vivianne Laert e Chica Carelli (atrizes coadjuvantes de Diatribe de Amor Contra um Homem Sentado e O Despertar da Primavera) e Iara Colina (Atriz principal de Divorciadas, Evangélicas e Vegetarianas).
Estarei lá torcendo entre a classe, fazendo lobby e piadinhas infames.
Meu convidado especial será o senhor Mena Abrantes, angolano que veio a Salvador cuidar da saúde, autor do texto que a gente está montando com A Outra Companhia de Teatro. Infelizmente vai embora amanhã, e não vai poder encontrar a companhia a trabalho.
O favorito da noite é O Sapato do Meu Tio, indicado em 6 categorias. Eu lá, dava tudo pra eles. O espetáculo é de fato, o melhor produto recente do teatro baiano que eu vi. A comissão do Braskem (embora mudem sempre as pessoas), tende sempre a fazer o estilo conciliador, fazendo a linha troféus para todos. Ano passado que foi diferente, e Arte levou uns 3 ou 4.
A direção da cerimônia é de Marcio Meirelles. Ao que parece, muito vídeo e dançarinos do Viladança para lá e para cá. Não sei quem serão os apresentadores, ou se vai ter apresentador.
Meirelles, inclusive, deu entrevista para o Correio da Bahia esculhambando a comissão julgadora, que podendo indicar 4, indicou apenas 2 infantis. O que na prática, quer dizer que foram os únicos com alguma qualidade durante o ano. Disse na entrevista que Rerembelde está em cartaz, se é o melhor, quem sabe?, mas tem qualidade para ser indicado. Deixar sobrar vaga é phoodddaa. Tô com ele. Pra mim faria muito mais sentido indicar Rerembelde do que Arlequim, que foi indicado ano passado. Não vi os dois indicados. Um é de João Lima, Rádio Biruta. João Lima é bom. O outro, A Revolta dos Brinquedos, soube apenas de histórias negativas. Brigas de produção, elenco trocando, clima tenso. Histórias. Um amigo foi na estréia e disse: a criança na minha frente estava com cara de tédio "olha, eles tão fingindo que não estão se vendo e vão se bater. Bateu". Mas eu não vi, não posso falar.
Depois, coquetel, "parabéns pelo prêmio" e vou-me de foguete para o Modular. Vai rolar.
v e r s õ e sOuvi no rádio esses dias uma versão hip hop (yo!) de uma música de Jorge Ben famosa, mas que eu não lembro o nome. Em seguida, uma versão o ó de D'yer Mak'er do Led Zeppelin.
Deu muita vontade de ouvir Jorge Ben e Led Zeppelin, mas não aquilo.
v i . p o r . a íDepois de muito tempo sem ver programas de TV, só filmes e séries, caí na MTV. Era um programa de cinema. CineMTV, ou alguma variação disso. VJ novo. Novo para mim, pelo menos. A atuação do rapaz que não consegui descobrir o nome, foi, no mínimo irritante. No pior estilo "Oi, JOVENS!". Revoltante. Demitam este cara. Eu sei que eu já devo ter passado da faixa etária da MTV, mas o cara é simplesmente incompetente. Fiquei triste.
Em seguida, vi o primeiro bloco de um Neura, com o Cazè e Person apresentando. Até me diverti, porque Cazé é bom. Enfim. Pobre MTV.
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Finalmente, vi Batman Begins. O filme é bom, especialmente porque os outros são ruins, mas não porque é bom de verdade. Temos compaixão pelo primeiro e alguns ainda pelo segundo Batman, por ser Tim Burton, ou Jack Nicholson ou Danny DeVito (certamente não pelo Michael Keaton). Dá pra dar um desconto, porque no tempo de "Batman", a referência de adaptações de quadrinhos para TV eram Super-Homem e o seriado do Hulk. Mas os dois primeiros são ruins, também. O certo é que os produtores "convencem" as pessoas que trabalham em adaptações de quadrinhos para cinema que o público do filme será maior, muito maior que o público dos quadrinhos. Aliás, será um filme para toda a família. Então tudo bem foder com a história do personagem e fazer de Gotham uma imensa discoteca com vilões de neon. Batman não interessa realmente. É uma questão mercadológica.
Batman Begins já traz um pouco mais de coerência. Mas ainda é uma catástrofe que vai destruir o mundo inteiro, a menos que o homem-morcego intervenha. Uma sociedade secreta, assassinatos em série, tráficos de armas e drogas são pouco para um filme. Precisamos de um aparato tecnológico inexistente que faz parte de um esquema maior de dominar o mundo. E de novo, Batman e Changeman vão virando mais ou menos a mesma coisa. Em comparação aos outros, é um largo passo dado em direção à luz, mas é ainda é meio palhaçada.
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Ontem fui ver no Espaço Xisto Bahia, O Sapato do Meu Tio. Sexta a Domingo às 20h. Vão ver que é muito bonito, bom pra caralho de verdade. Muito. De verdade. Pra caralho. Vão ver.