v a r i e d a d e sO mais divertido de aparecer na TV é ser reconhecido pelo porteiro novo do prédio. Eu cheguei e ele: "velho, como é seu nome?" Camilo. "Você que tava na televisão agora, né?" Isso. "Pô! Parabéns!". Obrigado.
Não entendi se o parabéns foi por que a entrevista foi legal, se é porque a peça parece legal, ou porque aparecer na TV, por si só, é um mérito.
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Ainda sobre Rerembelde: é comum que depois dos espetáculos, pais empolgados levem seus filhos até a porta do camarim para conhecer os atores. Acontece que todo mundo sai de cena louco pra tirar o figurino que é bastante quente. Eu, mais do que todos. Enquanto os colegas usam perucas, eu uso um capacete de papagaio. Mais quente, mais desconfortável, mais difícil de ouvir o mundo ao meu redor. Os outros personagens, sem a peruca ainda são reconhecíveis. O papagaio não.
Eu dou cinco minutos (ou menos) para as crianças surgirem. Os pais chegam com os filhos de 3 ou 4 anos: "olha o papagaio, que você gostou, Felipe". Fatores para o desastre: 1 - As crianças morrem de medo de ver o papagaio de perto. Percebem a maquiagem derretendo e o aspecto 'monstro-brasileiro-dos-changemen' e morrem de medo. O papagaio de longe parecia muito mais legal. 2 - Os pais não percebem o terror das crianças. O papai provavelmente perguntou: "quer ir ver o papagaio?" o guri disse "quero". O pai leva o guri. O guri não quer mais. Essa equação é muito complexa para pais em geral. "O papagaio, Filipe! Olha o papagaio. Dá tchau pra ele!", e os guris apavorados.
Uma outra variante desastrosa é quando os cinco minutos passam, nenhum guri aparece, eu começo a me desmontar (é um processo mais ou menos longo) e no meio do desmanche aparece um guri. Rolou esse diálogo, sábado:
- Olha o papagaio, Tiago!
- Já vi. É gente. Já tá até tirando a maquiagem.
Tiago ficou
desolé. Foi enganado. Esse é outro aspecto que os pais não percebem: se o papagaio já se desmontou, não serve mais. Ninguém quer saber de
making of, eles gostaram foi do papagaio. "Tá vendo? É ele que é o papagaio!" e Tiago tristíssimo.
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Pra encerrar, esta imagem estva há muito tempo na minha área de trabalho sem ser compartilhada com o público, o que é errado.
Um bom dia para vocês.
r e r e m b e l d eHoje estarei com Daniel Farias na TVE no programa TV Revista.
Daniel Farias é o protagonista de Rerembelde (algo assim como Fievel, dentro do contexto dramático) e eu sou Verdinho, o papagaio (algo assim como Timão e Pumba no desenvolvimento da trama).
Vamos lá promover o espetáculo, sorrir e convidar você, telespectador, para este vibrante espetáculo infanto-juvenil para toda a família.
Tudo isso em 30".
Na foto, o tal papagaio e Lua, a musa inspiradora do espetáculo. Na ocasião, estava morrendo de medo d'ela começar a chorar por qualquer motivo aleatório.
E não se esqueçam, crianças: Rerembelde, às 16h, Sábados e Domingos no Vila Velha! Peça para o papai!
s a m p a(demorou, mas chegou)
A tradicional sessão de fotos pós-viagem.
Essa foto foi no começo da viagem. Esta é uma espécie de passarela indecisa (é para pessoas, aparentemente, mas tem linhas amarelas de sinalização para carros no chão...) a caminho do Ibirapuera, para quem vai de ônibus, e o passarinho estava ali. Aí eu parei e tirei uma foto. Mas que coisa, hein? Passarinhos na cidade. Só em São Paulo, mesmo.
Depois chegamos ao Ibirapuera, eu e Maria, para encontrar com João e Maria. Outra Maria. Esta aí da foto. Maria-da-foto sugeriu a João-sem-noção, que almoçássemos no MAM. Minha única pergunta a respeito de almoçar no MAM foi: "é caro?". "Parece que não", foi a respota que João-sem-noção disse que a menina da foto disse. Porque as regras da grande cidade seriam diferentes da província? O MAM é um lugar chique. Restaurantes chiques combinam com lugares chiques. Chiqueza é um negócio caro do cão. 33 pilas por um almoço self-service-tente-dar-prejuízo. Arroz, feijão, carne e salada, na verdade. E neste almoço, o primeiro choque cultural: o cafezinho veio na conta. 2,40 um cafezinho pós-almoço. Na Bahia isso virava bate-boca e se resolvia na peixeira.
Também nos primeiros dias, cumprindo o roteiro turista, estivemos João, Maria, eu e Peu do alto do prédio do Banespa, que, se eu entendi é o mais alto de São Paulo. Se não é, a inverdade não é tanta assim. É um prédio bastante grande. Na falta do mar, de qualquer ponto da cidade, nos localizávamos pelo Banespa. Ninguém sabia bater egoshot direito, então tentamos várias vezes sem êxito. Peu conseguiu essa de primeira. Bom rapaz.
Esse era o "playground" da primeira casa que fiquei com Maria. A casa é das primas dela. O correto seria dizer casa dos primos, já que moram lá Cristiane, Helen e Neto. Mas parece que esse Neto não se faz notar, toda vez era a casa "das primas".
No centro, coisas inusitadas mesmo que não tão ispressionantes.
Este é um parquinho do Trianon. E é também evidência de um delito. João não poderia estar se balançando. A conduta correta é a de Maria. Balançar, só crianças. Nesse dia, tomamos café da manhã numa padaria em Paraíso chamada A Catedral, acho. O café da manhã nos lesou profundamente. Não deu vontade de fazer mais nada no dia. Morgamos lindamente no Trianon. O guardinha que não flagrou João se balançando mas sentiu o seu ímpeto dinâmico, simpaticamente proferiu: "Nada de novidade, hein?! Pode sentar, não pode se balançar". Bom dia pra você também, guardinha.
Rua da Glória
Quase todos os dias fomos na Liberdade. Melhor bairro de São Paulo.
No Domingo, inclusive, quando acontece uma feirinha com coisinhas orientais e outras coisas... Coisas.
Na casa de Rômulo, de noite, João bateu essa foto. Eu gostei muito. Jão, parabéns.
Esse é Bam Bam. Ele agora mora em São Paulo. Ganha um salário que é, por baixo, 5 vezes o meu. Bam Bam nem ia para São Paulo. Eu ia com Maria, aí João disse: "Ah, eu vou também, vou ficar na casa de Edu". Aí Peu disse: "Ah, eu vou também, vou ficar na casa de não-lembro-quem". Aí Bam Bam, na onda da galera, comendo pilha nitidamente, disse: "Ah, ah, ah, vou pra São Paulo também, vou ficar na casa de Vitor Freire". Uma semana antes da viagem ninguém tinha casa e eu, que nasci em Sergipe, fiquei tentando arrumar hospedagem pra esses retirantes em São Paulo. No fim, todos conseguiram abrigo, Bam Bam arrumou uma entrevista de emprego num museu, e agora mora em São Paulo. Ele nem ia pra São Paulo... Agora só falta o visto, pra não ser deportado.
Esta é uma escada rolante. Tem espelho embaixo. Se eu não me engano, no Shopping Center 3. Uma coisa que se nota em São Paulo é que há um excesso de escadas rolantes. Sério. Todo lugar tem. Todo lugar mesmo. Qualquer meia dúzia de barraca de beijo já é um shopping e se fazem um andar novo em cima da laje, a primeira providência é instalar a escada rolante. Uma coisa assim fora de propósito.
Essa foi a foto mais legal da viagem. Na Liberdade.
Esta é a mesa do pastel do Yoka. O pastel do Yoka (adivinhem o bairro) é sequinho, é gostoso, não é tão caro. Bom demais. Nos esbaldamos. Forte.Encontramos o Antônio Fagundes, mas eu estava sem minha máquina. Fomos ver o espetáculo "O Que Restou do Sagrado" do grupo "Cemitério de Automóveis" no Espaço dos Satyros. Fagundão tava lá. Ia cutucar ele pra dizer: "Toquei no Fagundão", mas Maria me impediu. Sentou na fila em frente à nossa. Dormiu que chega sonhou. No fim, levantou e aplaudiu de pé, entusiasmado. O texto era uma bosta completa. O diretor e autor estava lá, atuando também. Creio que por completa falta de discernimento e pouca saúde mental o cara ainda interpretava o personagem chave da história. Deve se achar um gênio. O programão foi sugestão de Camila, que pediu mil desculpas por ter nos convidado. Acontece. A intenção foi louvável.
Boa viagem de férias.
b l o gVárias vezes eu penso em coisas que seria interessante colocar no blog.
Várias vezes penso em coisas para blogar.
Porém estou de férias do trabalho, de faculdade trancada e para fazer qualquer coisa me dá uma preguiça... Tenho preguiça de ir dormir, tenho preguiça de acordar, preguiça de comer, de ir ensaiar, de ligar pra fazer qualquer coisa... Estou com preguiça de vir escrever no blog. Só de pensar que eu tenho que colocar um
username e uma senha já me cansa.
Dia 18 reestréia Rerembelde. O infantil do papagaio. Tenho convites abundantes para a estréia, às 16h, mas somente para a estréia. Não teremos convites para mais ninguém em dia nenhum (a menos que a produção decida que você, por qualquer motivo tem direito a convite, mas como eu não sou produtor desse espetáculo...).
Mesmo o praticado bônus de 5 reais está agora sendo liberado cautelosamente.
Vejam mesmo assim. É um bom espetáculo.