27.6.05
i d é i a s
Uma das coisas mais legais que podem acontecer na faculdade (academicamente), é ver as hipóteses do pátio, que os colegas (e eu também) vão experimentando sem muita preocupação, coincidirem com hipóteses recentes de sociólogos/antropólogos.
Você lê um texto. Acha, silenciosamente, que a teoria sobre a qual você está lendo tem furos e inconsistências, mas ainda não sabe exatamente como resolver. Digamos que você cria uma hipótese: "Se abandonar esta idéia e reorganizar esta outra... Aí sim, isso aqui vai ser muito bom". Duas aulas depois aparece um texto de um bam-bam-bam da área apontando os furos que você tinha pensado, e uma reformulação da teoria bem do jeito que você tinha, inseguramente, imaginado que seria interessante.
Faz com que a gente se sinta alguém na vida.
¶ 19:10
Uma das coisas mais legais que podem acontecer na faculdade (academicamente), é ver as hipóteses do pátio, que os colegas (e eu também) vão experimentando sem muita preocupação, coincidirem com hipóteses recentes de sociólogos/antropólogos.
Você lê um texto. Acha, silenciosamente, que a teoria sobre a qual você está lendo tem furos e inconsistências, mas ainda não sabe exatamente como resolver. Digamos que você cria uma hipótese: "Se abandonar esta idéia e reorganizar esta outra... Aí sim, isso aqui vai ser muito bom". Duas aulas depois aparece um texto de um bam-bam-bam da área apontando os furos que você tinha pensado, e uma reformulação da teoria bem do jeito que você tinha, inseguramente, imaginado que seria interessante.
Faz com que a gente se sinta alguém na vida.
¶ 19:10
25.6.05
a c a b o u
Acabou o dinheiro.
A partir de agora, qualquer coisa,
que eu vou pagar mais tarde.
Ô iô iô.
¶ 09:23
Acabou o dinheiro.
A partir de agora, qualquer coisa,
que eu vou pagar mais tarde.
Ô iô iô.
¶ 09:23
22.6.05
e g o
Revendo as fotos, gostei muito dessa. Tem movimento, tem a ver com o espetáculo. Gosto.
¶ 14:12
Revendo as fotos, gostei muito dessa. Tem movimento, tem a ver com o espetáculo. Gosto.
¶ 14:12
20.6.05
a s . p a l a v r a s
ENTRETENIMENTO | DIVERSÃO
Entretenimento e diversão são sinônimos? Estar entretido está mais próximo de estar se divertindo, ou de estar concentrado? A "indústria do entretenimento" é indústria da diversão. E arte? Como é que se relaciona com isso? O Locomotion já se entitulou como um canal de arte. E certamente difere muitíssimo do conceito da Sony Entertainment Television. Pela prática, soa como se diversão fosse uma coisa que se consegue em todo lugar. Colocar formigas para brigar, que divertido! Entretenimento, já estaria mais ligado a um produto, algo industrial.
Teatro, dança, música e circo são considerados do "ramo do entretenimento", aproximando arte de entretenimento, embora poucas pessoas associem artes plásticas a entretenimento ou a diversão, na maioria dos casos. Não acho que a arte está no ou pertença ao ramo do entretenimento, acho que o entretenimento é que é do ramo da arte. Arte pode entreter. Arte pode vender. Mas não está restrita a isto. Daí porque desgosto do nome SATED - Sindicato de Artistas e Técnicos de Diversão, que é o sindicato dos artistas de uma forma geral, sejam eles divertidos ou não.
Eventualmente pergunta-se "o que é arte?". Acho que a coisa se complicou de tal forma, que pode ser, talvez, quem sabe, que aconteça com arte o que aconteceu com o conceito de violência. Tudo é violência. Tudo aquilo que impede o outro, que toma o espaço do outro, todo ato desautorizado ocupando o espaço do outro, limitando, cerceando o outro, pode ser encarado como violência (para alguns; para o outro, depende do outro). De tal modo que o que é violência depende de quem se considera violentado e pode se adequar a praticamente qualquer coisa. A coisa passa pelo entendimento das intensidades. De violênciazinhas como "shhh!!, silêncio!" à bomba de Hiroshima. Há no entanto, atos violentos praticamente indiscutíveis, e uma idéia geral não-homogênea de o que é mais violento do que o quê. Sendo assim, tudo é arte em algum nível, ou pode vir a ser. Depende do olhar de quem vê. O limite é inatingível. Há o que seja indiscutivelmente arte e uma idéia geral do que tem mais qualidade e o que não tem. De fezes ao Momix.
Diversão e entretenimento me parecem conceitos delimitáveis e simples. Enquanto que arte é como amor, semiótica, filosofia, prana, etc., faz parte das coisas difíceis de definir, que têm abrangência pouco determinada.
¶ 15:23
ENTRETENIMENTO | DIVERSÃO
Entretenimento e diversão são sinônimos? Estar entretido está mais próximo de estar se divertindo, ou de estar concentrado? A "indústria do entretenimento" é indústria da diversão. E arte? Como é que se relaciona com isso? O Locomotion já se entitulou como um canal de arte. E certamente difere muitíssimo do conceito da Sony Entertainment Television. Pela prática, soa como se diversão fosse uma coisa que se consegue em todo lugar. Colocar formigas para brigar, que divertido! Entretenimento, já estaria mais ligado a um produto, algo industrial.
Teatro, dança, música e circo são considerados do "ramo do entretenimento", aproximando arte de entretenimento, embora poucas pessoas associem artes plásticas a entretenimento ou a diversão, na maioria dos casos. Não acho que a arte está no ou pertença ao ramo do entretenimento, acho que o entretenimento é que é do ramo da arte. Arte pode entreter. Arte pode vender. Mas não está restrita a isto. Daí porque desgosto do nome SATED - Sindicato de Artistas e Técnicos de Diversão, que é o sindicato dos artistas de uma forma geral, sejam eles divertidos ou não.
Eventualmente pergunta-se "o que é arte?". Acho que a coisa se complicou de tal forma, que pode ser, talvez, quem sabe, que aconteça com arte o que aconteceu com o conceito de violência. Tudo é violência. Tudo aquilo que impede o outro, que toma o espaço do outro, todo ato desautorizado ocupando o espaço do outro, limitando, cerceando o outro, pode ser encarado como violência (para alguns; para o outro, depende do outro). De tal modo que o que é violência depende de quem se considera violentado e pode se adequar a praticamente qualquer coisa. A coisa passa pelo entendimento das intensidades. De violênciazinhas como "shhh!!, silêncio!" à bomba de Hiroshima. Há no entanto, atos violentos praticamente indiscutíveis, e uma idéia geral não-homogênea de o que é mais violento do que o quê. Sendo assim, tudo é arte em algum nível, ou pode vir a ser. Depende do olhar de quem vê. O limite é inatingível. Há o que seja indiscutivelmente arte e uma idéia geral do que tem mais qualidade e o que não tem. De fezes ao Momix.
Diversão e entretenimento me parecem conceitos delimitáveis e simples. Enquanto que arte é como amor, semiótica, filosofia, prana, etc., faz parte das coisas difíceis de definir, que têm abrangência pouco determinada.
¶ 15:23
17.6.05
c i n e m a
Seguindo a barulheira de publicidade gratuita e instantânea, eis a minha sugestão de roteiro para cinco minutos de baixo orçamento:
"A VINGANÇA DE CASEMIRO"
Abre com a imagem de Casemiro Neto apresentando o Bahia Meio Dia, com a voz distorcida e uma legenda embaixo. De preferência, a imagem original deve ser muito feliz e satisfeita. Casemiro deve usar seu charme corporal na gravação que a produção conseguir e/ou dar sorrisos satisfeitos.
A legenda dirá: "O grupo terrorista "Revolução Armada é com Dendê" que atua em Salvador, sequestrou na semana passada um notável jovem realizador baiano. Ele foi flagrado pelos delinquentes enquanto lanchava no estacionamento da McDonald's do Rio Vermelho. O grupo enviou uma fita VHS para a produção do Bahia Meio-Dia e declarou que caso a fita não fosse exibida, o jovem realizador seria assassinado"
Entra imagens da fita. Jovem realizador ajoelhado e amordaçado e vários delinquentes descamisados com a cara encapuzada e armas na mão em volta. O líder dá o texto.
"Aí, ó prayboy! Tá pensanoquê?! Que a gente é tudo otário é? Que a gente ia ficar mandando fita com defeito pra TV, é? Que a favela não é organizada? Olha aqui, borra-botas, a-ca-bou esse negócio de discurso malfeito aqui na Bahia, sacou? Acabou! Acabou! Vídeo feio da porra ganhar prêmio? Acabou! Discurso infantil de esquerda chiliquenta tem que ter um fim, tá entendeno? Representano nós! Os terrorista da baianidade nagô! Com um vídeo fuleiro! Como é que tu se atreve, moleque? Sua mãe não lhe ensinou nada não? De direção de ator, não? Suas professora não te ensinaram a fazer um texto que preste, não? Uma luz! uma luz! E depois vai ficar se promovendo em cima das image que fez de nós... Bah!"
Corta de volta para Casemiro Neto, ainda com sorrisos afáveis e fim. ¶ 16:34
Seguindo a barulheira de publicidade gratuita e instantânea, eis a minha sugestão de roteiro para cinco minutos de baixo orçamento:
"A VINGANÇA DE CASEMIRO"
Abre com a imagem de Casemiro Neto apresentando o Bahia Meio Dia, com a voz distorcida e uma legenda embaixo. De preferência, a imagem original deve ser muito feliz e satisfeita. Casemiro deve usar seu charme corporal na gravação que a produção conseguir e/ou dar sorrisos satisfeitos.
A legenda dirá: "O grupo terrorista "Revolução Armada é com Dendê" que atua em Salvador, sequestrou na semana passada um notável jovem realizador baiano. Ele foi flagrado pelos delinquentes enquanto lanchava no estacionamento da McDonald's do Rio Vermelho. O grupo enviou uma fita VHS para a produção do Bahia Meio-Dia e declarou que caso a fita não fosse exibida, o jovem realizador seria assassinado"
Entra imagens da fita. Jovem realizador ajoelhado e amordaçado e vários delinquentes descamisados com a cara encapuzada e armas na mão em volta. O líder dá o texto.
"Aí, ó prayboy! Tá pensanoquê?! Que a gente é tudo otário é? Que a gente ia ficar mandando fita com defeito pra TV, é? Que a favela não é organizada? Olha aqui, borra-botas, a-ca-bou esse negócio de discurso malfeito aqui na Bahia, sacou? Acabou! Acabou! Vídeo feio da porra ganhar prêmio? Acabou! Discurso infantil de esquerda chiliquenta tem que ter um fim, tá entendeno? Representano nós! Os terrorista da baianidade nagô! Com um vídeo fuleiro! Como é que tu se atreve, moleque? Sua mãe não lhe ensinou nada não? De direção de ator, não? Suas professora não te ensinaram a fazer um texto que preste, não? Uma luz! uma luz! E depois vai ficar se promovendo em cima das image que fez de nós... Bah!"
Corta de volta para Casemiro Neto, ainda com sorrisos afáveis e fim. ¶ 16:34
15.6.05
h o j e
Hoje teve MV Bill na faculdade apresentando palestra e promovendo o livro dele.
Hoje me senti discriminado por "ser branco". Não de forma generalizada. Me senti discriminado por um cara, que eu acreditava que agiria de forma diametralmente oposta.
Babaca escroto.
Não coloco outros adjetivos porque minha avó lê esse blog. ¶ 19:13
Hoje teve MV Bill na faculdade apresentando palestra e promovendo o livro dele.
Hoje me senti discriminado por "ser branco". Não de forma generalizada. Me senti discriminado por um cara, que eu acreditava que agiria de forma diametralmente oposta.
Babaca escroto.
Não coloco outros adjetivos porque minha avó lê esse blog. ¶ 19:13
13.6.05
m e m ó r i a s
Desconfio que quando eu era pequeno, tinha umas certezas singulares acerca do funcionamento das coisas. Quase nunca perguntei a ninguém nada a este respeito, então não sei se isso era uma maluquice minha ou uma fase normal, como aquela em que achamos que tudo é nosso, ou a fase do "porquê".
Eu via de dentro do carro alguém pedindo dinheiro com a cara de tristeza forçada maior do mundo que os meninos de rua fazem quando vão pedir dinheiro. Não que a situação dos meninos de rua não seja triste, ou que eles não sofram, mas a verdade é que eles reforçam o drama na hora de pedir e eu caía no truque. Me partia o coração profundamente, e a tristeza dos meninos e mendigos grudava na minha cabeça, de forma que me fazia formular coisas assim: "deve ser muito difícil morar na rua, comer do lixo, viver pedindo, quando chegar a minha vez, eu vou ser a pessoa mais triste do mundo."
Eu tinha certeza que ia chegar a minha vez, qualquer dia desses e não sabia o que fazer pra evitar que isso acontecesse. Era uma sensação que vinha de vez em vez e levou muitos anos pra me abandonar.
Esse era um dos dois motivos que me faziam acordar meu pai de madrugada pra perguntar coisas. "A gente vai ficar pobre?".
A outra certeza macabra de guri que eu tinha era achar que quando eu morresse, minha consciência perambularia pelo universo. A gravidade não afetava consciências, e eu ia me afastando do mundo, das pessoas, até ir parar no espaço com as estrelas, completamente sozinho, com a perspectiva de viver sozinho vagando pelo espaço vendo estrelas eternamente. Desperador demais. Choro de soluço. "Pai, como é quando a gente morre?".
Por sorte, meu pai sempre acordava - quando acordava - grogue o suficiente pra não ouvir ou não entender a pergunta. Passado o surto incontrolável, eu me sentia fazendo alguma coisa errada, por acordar meu pai de madrugada, e voltava pra cama pra dormir. ¶ 16:31
Desconfio que quando eu era pequeno, tinha umas certezas singulares acerca do funcionamento das coisas. Quase nunca perguntei a ninguém nada a este respeito, então não sei se isso era uma maluquice minha ou uma fase normal, como aquela em que achamos que tudo é nosso, ou a fase do "porquê".
Eu via de dentro do carro alguém pedindo dinheiro com a cara de tristeza forçada maior do mundo que os meninos de rua fazem quando vão pedir dinheiro. Não que a situação dos meninos de rua não seja triste, ou que eles não sofram, mas a verdade é que eles reforçam o drama na hora de pedir e eu caía no truque. Me partia o coração profundamente, e a tristeza dos meninos e mendigos grudava na minha cabeça, de forma que me fazia formular coisas assim: "deve ser muito difícil morar na rua, comer do lixo, viver pedindo, quando chegar a minha vez, eu vou ser a pessoa mais triste do mundo."
Eu tinha certeza que ia chegar a minha vez, qualquer dia desses e não sabia o que fazer pra evitar que isso acontecesse. Era uma sensação que vinha de vez em vez e levou muitos anos pra me abandonar.
Esse era um dos dois motivos que me faziam acordar meu pai de madrugada pra perguntar coisas. "A gente vai ficar pobre?".
A outra certeza macabra de guri que eu tinha era achar que quando eu morresse, minha consciência perambularia pelo universo. A gravidade não afetava consciências, e eu ia me afastando do mundo, das pessoas, até ir parar no espaço com as estrelas, completamente sozinho, com a perspectiva de viver sozinho vagando pelo espaço vendo estrelas eternamente. Desperador demais. Choro de soluço. "Pai, como é quando a gente morre?".
Por sorte, meu pai sempre acordava - quando acordava - grogue o suficiente pra não ouvir ou não entender a pergunta. Passado o surto incontrolável, eu me sentia fazendo alguma coisa errada, por acordar meu pai de madrugada, e voltava pra cama pra dormir. ¶ 16:31
11.6.05
7.6.05
c i ê n c i a s . s o c i a i s
Piada de antropólogo:
Na antropologia existem Boas e Mauss pessoas.
Piada de cientista político:
O que é um trotskista? Uma tendência.
E dois trotskistas? Duas tendências.
E três trotskistas? Um racha!
Piada de sociólogo:
Marx morreu e foi pro inferno. O diabão recusou o barbudo, disse que lugar de barbudo era no céu. Passam-se uns meses, o demônio resolve ligar pro céu pra ver se põe a fofoca em dia:
- Alô, São Pedro?
- São Pedro? Não. Todos os santos foram destituídos. Pedro foi pra forca. Aqui quem fala é Marco Antônio, companheiro!
¶ 15:46
Piada de antropólogo:
Na antropologia existem Boas e Mauss pessoas.
Piada de cientista político:
O que é um trotskista? Uma tendência.
E dois trotskistas? Duas tendências.
E três trotskistas? Um racha!
Piada de sociólogo:
Marx morreu e foi pro inferno. O diabão recusou o barbudo, disse que lugar de barbudo era no céu. Passam-se uns meses, o demônio resolve ligar pro céu pra ver se põe a fofoca em dia:
- Alô, São Pedro?
- São Pedro? Não. Todos os santos foram destituídos. Pedro foi pra forca. Aqui quem fala é Marco Antônio, companheiro!
¶ 15:46
1.6.05
o h n ?
- Com quem eu falo?
- Camilo.
- Senhor Murilo, eu sou Joana Lambert da Telemar...
- Camilo.
- Oi?
- Meu nome. Camilo, não Murilo.
- Eu disse Murilo? Perdão, senhor Camilo. Eu sou Joana Lambert da Telemar. É você o responsável pelo setor de internet da sua empresa, Camilo?
- Ahn... Acho que pode ser comigo.
- A sua empresa já possui banda larga?
- Já, há alguns anos... Velox, inclusive.
- Ótimo. E o serviço é satisfatório, senhor Camilo?
- Olha... Interessante que você tenha ligado hoje, porque essa semana o serviço piorou bastante. Normalmente à tarde a velocidade cai, até pelo volume de uso, eu acho, mas essa semana, quando dá duas da tarde, não se consegue fazer mais nada... Tá bem pior do que o normal.
- Qual a velocidade da empresa de vocês?
- Olha, não tenho certeza, mas acho que é 256.
- Ok. Estarei encaminhando o senhor para o supervisor para que ele aumente a velocidade do serviço e...
- Não! Calma, calma, calma. Quanto vai ser cobrado por isso?
- Nada a mais, senhor Camilo.
- Nada a mais no próximo mês ou nada a mais daqui em diante?
- Nada a mais daqui em diante, senhor Camilo...
- Hm... Ok... Pode passar.
(musiquinha)
- Wagner Xavier, Técnico Bam Bam Bam da Telemar, boa tarde.
- Boa tarde. Sua colega ligou pra gente, e ofereceu aumento da velocidade do serviço Velox sem aumentar nada no custo da mensalidade. Como é isso?
- Olha, senhor Murilo, geralmente o cliente que liga.
- Ela que ligou.
- É... Ok. Então, deixa eu ver. Vocês já são clientes, não é mesmo?
- Sim.
- Você pode me dar o número da linha vinculado ao Velox?
- Claro, ****-****.
- Sol Movimento da Cena. Hmm... Espera um minuto. 256. Hmm... Ahã. Hmmm... Mais um minuto. Hmm... Tá, então eu vou aumentar a velocidade de vocês para 600 e poucos K, que tal?
- Tem que trocar o modem?
- Não senhor, a gente faz tudo aqui, mesmo. E vocês pagam atualmente r$160,00 pelo serviço... Deixa ver o que eu posso fazer... Hm... 600 e poucos k por r$130,00, pode ser assim, senhor Camilo?
- Pra mim tá ótimo.
- Anote o número do protocolo, e dentro de três dias, as alterações já devem estar feitas. A próxima fatura virá cobrando r$130,00, e assim será pelos próximos seis meses. Tenha um bom dia, espero tudo dê certo pra você, e que você não tenha que ir pra casa da sua avó no próximo Natal. Tudo de bom, cara, tudo mesmo.
Logo que desliguei, liguei pra Telemar, dei o número do Protocolo. Era verdade. Quer dizer, é verdade. Ou parece verdade. Ispressionante.
¶ 18:55
- Com quem eu falo?
- Camilo.
- Senhor Murilo, eu sou Joana Lambert da Telemar...
- Camilo.
- Oi?
- Meu nome. Camilo, não Murilo.
- Eu disse Murilo? Perdão, senhor Camilo. Eu sou Joana Lambert da Telemar. É você o responsável pelo setor de internet da sua empresa, Camilo?
- Ahn... Acho que pode ser comigo.
- A sua empresa já possui banda larga?
- Já, há alguns anos... Velox, inclusive.
- Ótimo. E o serviço é satisfatório, senhor Camilo?
- Olha... Interessante que você tenha ligado hoje, porque essa semana o serviço piorou bastante. Normalmente à tarde a velocidade cai, até pelo volume de uso, eu acho, mas essa semana, quando dá duas da tarde, não se consegue fazer mais nada... Tá bem pior do que o normal.
- Qual a velocidade da empresa de vocês?
- Olha, não tenho certeza, mas acho que é 256.
- Ok. Estarei encaminhando o senhor para o supervisor para que ele aumente a velocidade do serviço e...
- Não! Calma, calma, calma. Quanto vai ser cobrado por isso?
- Nada a mais, senhor Camilo.
- Nada a mais no próximo mês ou nada a mais daqui em diante?
- Nada a mais daqui em diante, senhor Camilo...
- Hm... Ok... Pode passar.
(musiquinha)
- Wagner Xavier, Técnico Bam Bam Bam da Telemar, boa tarde.
- Boa tarde. Sua colega ligou pra gente, e ofereceu aumento da velocidade do serviço Velox sem aumentar nada no custo da mensalidade. Como é isso?
- Olha, senhor Murilo, geralmente o cliente que liga.
- Ela que ligou.
- É... Ok. Então, deixa eu ver. Vocês já são clientes, não é mesmo?
- Sim.
- Você pode me dar o número da linha vinculado ao Velox?
- Claro, ****-****.
- Sol Movimento da Cena. Hmm... Espera um minuto. 256. Hmm... Ahã. Hmmm... Mais um minuto. Hmm... Tá, então eu vou aumentar a velocidade de vocês para 600 e poucos K, que tal?
- Tem que trocar o modem?
- Não senhor, a gente faz tudo aqui, mesmo. E vocês pagam atualmente r$160,00 pelo serviço... Deixa ver o que eu posso fazer... Hm... 600 e poucos k por r$130,00, pode ser assim, senhor Camilo?
- Pra mim tá ótimo.
- Anote o número do protocolo, e dentro de três dias, as alterações já devem estar feitas. A próxima fatura virá cobrando r$130,00, e assim será pelos próximos seis meses. Tenha um bom dia, espero tudo dê certo pra você, e que você não tenha que ir pra casa da sua avó no próximo Natal. Tudo de bom, cara, tudo mesmo.
Logo que desliguei, liguei pra Telemar, dei o número do Protocolo. Era verdade. Quer dizer, é verdade. Ou parece verdade. Ispressionante.
¶ 18:55
