f i n a l m e n t e
(Farenheit 9/11)
Finalmente consegui assistir. Vi no Museu.
Muita, muita coisa de Stupid White Men no filme, muito menos vacilo do que em Tiros em Columbine, e muito menos coisas babacas. Muito mais profissional. Michael Moore subiu no meu conceito.
Lançar o filme agora é claramente uma manobra para evitar a reeleição de W. Gostei muito. O filme só não me emocionou, não sei bem porquê. Mas não bateu nada. As informações, todas ótimas, mas só isso. O outro, apesar de todos os pesares me deixou emocionalmente mais indignado.
ú l t i m a
(última coisa sobre a peça, aí eu mudo de assunto)
O espetáculo é longo.
Na leitura já foi longo. Ouvimos: "É longo, mas não cansa".
Foi o que o público da estréia achou. O do segundo dia já nem tanto. O do terceiro, achou longo.
Me parece que quanto menor o público, maior a sensação de "espetáculo longo".
São duas horas. E ponto.
A questão toda é se seguramos a platéia ou não. Com casa cheia é bem mais fácil. A gente vai dar uma costurada em algumas coisas essa semana, e sexta que vem estréia de novo.
No domingo ganhei uma cena engraçada. E a maquiagem tem que mudar, eu acho.
No mais tá tudo certo. O elenco já relaxou. A energia de trabalho é muito boa. Teatro é divertido.
e s t r é i a
É hoje.
Texto de Carlo Goldoni, adaptado por Camilo Fróes, Gil Vicente Tavares, Vinício Oliveira Oliveira e Elenco, dirigido por Vinício Oliveira Oliveira e produzido por Camilo Fróes. Wládia Góes e Flávia Botelho fizeram o figurino enquanto Lorena Torres Peixoto e Franziska Bornkamm se encarregaram do cenário, Robertto Laplane vai nos maquiar hoje. Flávio Lopes pintou as esteiras. Jairson Bispo coreografou, mas não o fez sozinho, o fez com a assistência de Alex Brito. A luz é de Rivaldo Rio. João Meirelles e Moreno Pacheco começaram a fazer a música e depois chegaram Ualeson Santos, Gui Alcântara e Mariana Marin. A preparação corporal foi feita por Neguinho. Hamilton Filho acompanhou vários ensaios e deu muitos toques. Patrícia Fox também. Mais tarde, também Marcio Meirelles e Fábio Espírito Santo acompanharam parte dos ensaios. A galera do Vila viu um ensaio aberto e ajudou muito, também. Jarbas Bittencourt deu uma checadinha em uma ou duas músicas, pra ver se funcionava. O elenco no fim das contas ficou: AC Costa, Camila Motta, Camilo Fróes, Carlos Matias, Eddy Veríssimo, Fernando Pessoa, Gilberto Novaes, Luis Buranga, Nildo Ferreira, Roquildes Júnior e Simone Brault. Esse é o elenco definitivo, mas ainda passaram pelo processo, Alex Muniz, Rui Manthur, Wanderley Meira, Inácio D'eus, Jorge Fernando, Rai Alves, Wilson Melo, Iara Colina e alguns outros que eu não lembro o sobrenome: Gueu, Fábio, Kléber, Jorge... Chamamos Capinan pra adaptar o texto, ele veio conhecer a gente mas não quis fazer. Juliana Protásio fez assessoria de imprensa, deu uma ótima força. Rômulo Pacheco fez a ilustração. Isabela Silveira encaminhou nosso banner, gentilmente cedido pelo Teatro Vila Velha através do convênio com a SignsNow. Paula Príncipe e a amiga dela tentaram a captação de recursos, e só agora conseguiram uma saída de mídia através da DISMEL, que está pra ser confirmada. Fátima Fróes e Luis Buranga tentaram conseguir apoios e patrocínios, também. Vanessa Pimenta conseguiu o apoio da BEL CENTER, mas o apoio acabou não dando certo. Cláudia do Vilavox deu o canal de uma madereira que trabalha com apoio cultural, mas também não deu certo. Alguma sobrinha de AC ajudou a fazer as cartolas. Ednaldo Muniz providenciou as camisas. A avó de Simone Brault costurou gravatas borboleta para os músicos. Chica Carelli fez um contato com o Colégio Antônio Vieira para vendermos o espetáculo. Bia levou os convites para a professora responsável pelo contato. Gordo Neto deu uma força para que fizéssemos os cartazes na URANUS2. AC cozinhou o efó do coquetel e foi na feira de São Joaquim comigo comprar tudo. Gordo Neto emprestou a panela da mãe para que AC pudesse cozinhar. Fernando Pessoa conseguiu um fotógrafo pra estréia. Wilson fez um contato com Edson Miranda no SindiSaúde para a impressão das folhas de sala. Marcio Meirelles emprestou o boneco que faz o papel de Frederico Rasponi. Praticamente tudo o que foi comprado foi comprado com o meu dinheiro e o de Vinício Oliveira Oliveira. Muita coisa foi doada ou emprestada.
Teatro só se faz em equipe e com muita boa vontade. Envolve muita gente e dá trabalho. E não dá dinheiro, não. Seis meses de trabalho, sem descanso. Mesmo.
Estréia hoje. Fica até o final de setembro.
f i b r a s !
Meu único assunto agora é esse espetáculo maldito.
Vai chegando a proximidade da estréia, vários sintomas surgem. Em uns atacam as hemorróidas, em outros, enxaqueca. O sintoma mais bem distribuído e popular, no entanto, é a insônia. O elenco todo reclama de não dormir direito. A impaciência crônica agoniada já pegou uns outros dois.
No meu caso próprio e particular, fiz minhas contas e descobri que estava há três dias enfezado. Enfezamento pode trazer todos tipos de males. Mau humor, insônia, falta de apetite, em alguns casos até febre! No meu, uma dor de cabeça insistente, que começou no meio do ensaio de ontem e me tirou da cama hoje de manhã.
Pode-se dizer de um sujeito que ele realiza proezas quando consegue dormir com uma dor de cabeças dessas. Dormi às quatro da manhã, mas dormi. Às sete e meia a dor de cabeça me acorda, firme e forte.
Acordei, passei uma água no rosto e antes de mais nada pus minhas chinelas e fui atrás dos fantásticos biscoitos VITAO. Comi um pacote inteiro. Mamãe achou que era pouco, e ainda me deu granola, mamão e me mandou mascar laranja. Comia e bebia água olhando para a TV, impaciente.
Cerca de uma hora depois dos magníficos biscoitos, com o bônus do mamão, da granola e da laranja, fiz as vezes de rei. Tava com saudade. Já durante o coroamento (longo e demorado) a terrível dor de cabeça desapareceu. Que maravilha!
Fibras!
v i v o
Esse blog não morreu.
Anda inativo porque eu andei por aí em pânico perdendo noite por causa de um tal espetáculo.
Quem me encontrar ganha convite.
Deixar nome na portaria é criar confusão em cima de confusão.
Tem convite para o primeiro fim de semana (e só).
Serão 5 fins de semanas (até segunda ordem), o mês de setembro inteiro. Não tem desculpas para não comparecimentos.
Se não forem por minha causa, vão porque é uma comédia, ou por causa de João Meirelles, de Moreno Pacheco ou por causa de Rivaldo Rio que é um bom sujeito. Ou simplesmente porque ir ao teatro é chique. Mas vão. Não vou implorar mais que isso.
m a r i g i r a l d a
Algumas vezes ouvi Marigiralda.
Tanto que decorei a letra (lá do meu jeito). Música divertida.
Reza a lenda, contada pelos próprios rapazes da banda, que um dos integrantes, em suas andanças por Cabo Verde foi parar num boteco onde conheceu a música. Na volta ensinou para a banda e Marigiralda, que guarda uma estranha semelhança com o Chiclete com Banana, já era do repertório.
Diz-se que a música é cantada em um dialeto que é mistura de crioulo e português. Dialeto que só se vê em Cabo Verde. Claro que quase ninguém sabe nada nesse dialeto, então depois de muito repetir a letra, rolava uma cretina tradução simultânea, com voz de tradutor. A letra original e a tradução simultânea soavam assim:
Marigiralda, Marigiralda,
Quien et pae di bo fit
A mia fit
(O meu filho)
Et caten pae
(Ele lá tem pai)
A mia fit
(O meu filho)
Et caé nin dê
(Ele lá é ninguém)
Et ne sentoz
(Ele não tem onde sentar)
Et ne dentoz
(Ele não tem onde se deitar)
Et ne cambiz
(Ele não tem o que comer)
Et ne visniz
(Ele não tem o que vestir)
Ôôôôôôôô!
(Ô!)
Marigiralda, Marigiralda,
Quien et pae di bo fit
E a música se repetia até cansar, com direito a solo e participação da platéia. Esses rapazes sempre fizeram um bom trabalho.
É, parece que assim como a Copa de 94 e as tirinhas do Calvin, a Confraria da Bazófia, foi legal, mas acabou.
m a s . é
Sobrou um CD de Caetano no trabalho.
Vez ou outra eu ponho pra tocar.
Itapuã é simplesmente um negócio.
Muito.
c e r t a . f e i t a
Certa vez me pediram para, em caráter de urgência, fazer um desenho que representasse o centro da cidade, podia ser o Mercado Modelo.
A camisa nunca foi feita.
f i l m e
Vi Mulheres Perfeitas.
Boas idéias não faltaram. A abertura é sensacional. A idéia é muito boa, a execução é muito boa. O beijo final e a idéia do final e do começo... São todas idéias muito boas.
Talvez o problema do filme esteja em nosso pequeno amigo Frank Oz. Acostumado a trabalhar com Muppets e Star Wars, fez um bom trabalho com a voz de Yoda e com vozes em Monstros S.A., mas não dirigiu bem esse filme. Gostei de "Será que ele é?", é engraçado de fato. Mas esse não colou.
O filme simplesmente não engata. Aquela primeira boa piada que te faz entrar no clima da história e que te leva a rir de todo o resto, aquela piada sensacional, não aconteceu. As piadas do filme que funcionam estão todas no trailer. É certo que nem sempre é a boa piada que te faz entrar no clima, mas todo o clima, a trilha, o estilo... Alguma coisa. Mulheres Perfeitas não conseguiu me tornar um cúmplice do filme, não consegue ter charme, aí não tem boa idéia que funcione.
Sinto muito, Frank, esse, eu não recomendo.
a s . p a l a v r a s
pânico.
Do grego, Panikós - relativo ao deus Pã, protetor dos rebanhos e dos pastores'; acreditava-se que os ruídos que se ouviam nas montanhas e nos vales eram provocados por esse deus (thórubos Panikós); o deus Pã era cultuado pelos atenienses por ter inspirado aos persas, durante as guerras médicas, um 'terror pânico' (deîma ou tárakhos Panikós).
Susto ou medo súbito que pode provocar uma reação descontrolada de um indivíduo ou de um grupo
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Wilson quebrou o pé. Sem ator, Pantaleão morre. Mas Pantaleão precisa estar vivo, senão Clarisse fica sem pai e nada acontece, não tem espetáculo. Mas temos que ter um espetáculo. Anunciamos-o. Pagamos-o. Assumimos um negócio de um compromisso pro dia 27. É amanhã! Chica, Mário, Hebe, Marcio, Brás... Ou não querem ou não podem. Situação: Precisa-se de um bom ator ou boa atriz que chegue de pára-quedas e salve a vida deste espetáculo. Precisa-se já. E um baú. Eu ainda preciso desesperadamente de um baú.
r e l a t ó r i o
O espetáculo dos 40 anos do Vila é lindo e muito verdadeiro. Vocês deviam ver. E olhe que eu só vi pedaços.
Vi o filme novo do Charlie Kaufman com o Jim Carrey que tem um título horrível. É bom. Tem uma conexão que eu não entendi, aí tenho que ver o filme de novo, mas o trailer me fez pensar que era uma porcaria e é simplesmente muito bom.
Tem um filme novo ainda sem nome, de Kaufman, pra sair em 2005, com a direção do Spike Jonze. Jonze dirigiu Quero Ser John Malkovih e Adaptação, de Kaufman, e alguns clipes famosos como Sabotage dos Beastie Boys e Praise You do Fatboy Slim.
O próximo é Mulheres Perfeitas (The Stepford Wives). Tem três atores que eu gosto muito: Matthew Broderick, Cristopher Walken e... hm... oh... Nicole Kidman. Esse filme foi lançado originalmente em 1975. Suspense/Terror. Com continuações para TV com títulos bizarros como The Revenge of the Stepford Wives, The Stepford Husbands e The Stepford Children. Agora, é refilmado como comédia. Nada de mal nisso. A linha que separa o terror da comédia é muito tênue, como visto em "O Elevador Asassino".