30.6.04
 
s i n a

Minha existência, do meu ponto de vista, parece-se com uma constante e sinuosa mudança de planos.

Paguei aluguel para nove meses, mas minha locatária e morada numa coisa só (minha própria mãe!) me mandou sair com sete. Desprevinido, resolvi morrer, só de birra. Tava quase, e mudei de idéia, seria levar uma briga longe demais só por causa de dois meses de aconchego. De qualquer forma a chantagem emocional funcionou e passei a ser mais querido depois de ressucitado.

Estava no projeto, crescer sergipano de Aracajú. Seria um visionário provinciano. Mas logo mudam-se os planos vamo-nos embora para o Espírito Santo. Não gostava da idéia nem um pouco. Repeti a chantagem do presunto e ameacei parar de brincar, de novo. Deu certo. Logo constatou-se que o problema era a terra e lá fomos todos à Bahia.

Na Bahia, fiquei satisfeito, o plano é de ficar aqui ainda por bastante tempo. Só o fato de ter o plano feito, já o põe em risco absoluto, quase certo, de que logo estarei vivendo em uma terra distante.

Tinha planejado chegar ao fim do post, mas houve uma mudança de planos.
 
 
o s . l o u r o s . d a . f a m a

Tenho encontrado com conhecidos e amigos na rua que me dizem viajaram para o interior no São João e eu estava lá. "Eu ri muito... 'não vá me dar trabalho! não vá me dar trabalho!', muito engraçado". Ouvi ontem e hoje variações deste depoimento.

Ser reconhecido e elogiado é gostosim e emagrece. Uma beleza.

Pedido aos que viram e riram: Liguem pra TV Salvador, (acho que 203-1210 deve resolver...) procurem Delman, digam que a direção da Srta. Manuela Yglesias foi fenomenal e que aquele menino que fez o papel de São João estava muito bem... Aí como quem não quer nada podem sugerir: "Bem que vocês podiam chamar ele pra fazer mais coisas!".

Só uma sugestão...
 
29.6.04
 
a h , s i m . . .

Fui no tal "crônicas da bahia", que anunciei porque vi uma propaganda muito legal deles, mas não gostei quando li. Achei chato.

 
 
m ú s i c a

O PATRÃO NOSSO DE CADA DIA

Eu quero amor
Da flor de cactus
Ela não quis

Eu dei-lhe a flor
De minha vida
Vivo Agitado

Eu já não sei se sei
De tudo ou quase tudo
Eu só sei de mim
De nós
De todo mundo

Eu vivo preso
À sua senha
Sou enganado

Eu solto o ar
No fim do dia
Perdi a vida

Eu já não sei se sei
De tudo ou quase tudo
Eu só sei de mim
Só sei de mim
Só sei de mim

A patrão nosso
De cada dia
Deia após dia

Isso é Secos e Molhados
 
27.6.04
 
v i x e . . .

Vixe, eu tenho um blog!

Pensei em algumas coisas legais esses dias. Achei que a audiência ia gostar. Mas ando com a cabeça em outras coisas.

Volto logo.
 
24.6.04
 
c i n e m a



O filme é divertido, é atitude em mostrar um monte de pessoas que ainda são vivas, na putaria. Há um destaque óbvio para o Frejat. A Veja provavelmente vai perguntar: "Frejat, toda aquela maconha é de verdade?".

No fim é um filme meio bobo. Todas as falas de Cazuza, todas mesmo, são frases de efeito. Isso enche o saco. E ele só vira uma pessoa que tem mais de um sentimento depois que fica doente. Antes disso ele é eternamente banda voou. Aí fica doente e fica sarcástico, um pouco mais denso.

Há ainda os personagens que não fazem nada o tempo inteiro, como o resto da Barão Vermelho e a personagem da Leandra Leal.

Diverte, lembra-se de músicas que eu ouvia com frequência quando era moleque, várias coisas legais. Acho que eu esperava mais informação. O filme não passa muita coisa. Deve ser ultra emocionante para quem vivia próximo a ele porque parece ter centenas de referências invisíveis aos leigos.

Ou para quem era fã de verdade. Eu nunca fui. Talvez por isso não tenho me deixado levar pelo filme.
 
23.6.04
 
h o j e

Na vida, passamos por experiências únicas.

Se os acontecimentos mais loucos acontecem em nossa vida, cria-se um diálogo com o acaso. Alimenta o nosso fleuma.

Mesmo que algumas coisas não sejam exatamente motivo de orgulho - como espirrar bolo de chocolate pelo nariz - mas ainda assim é uma experiência.

Creio que este é o lado bom de acordar, se esticar e pisar descalço em três pregos. Nunca tinha passado por isso. Agora já sei como é.
 
 
t e a t r o

Há bem pouco tempo eu achava que estava ensaiando uma comédia.

Ledo engano.
 
21.6.04
 
a s . p a l a v r a s

Hoje...

pérfida

Que falta à fé jurada, desleal, traidora.
Que envolve perfídia; enganadora, traiçoeira.

Perfídia.

Deslealdade.

Pérfida é isso aí.
 
20.6.04
 
d i á l o g o
(à noite, no trabalho, toca o telefone)

- Alô
- Alô, Camilo, você conhece Marx?

(silêncio)

- Como assim?
- Tem uma moça aqui na portaria de cima querendo saber de Marx. Você sabe quem é?
- Rapaz, eu sei... Mas... Como assim?????
- Diz que é um cara que escreve peças ou dirigiu uma peça aqui, uma coisa assim...
- AH! Antônio Marques! Sei... A peça dele já saiu de cartaz há um tempo... Velho, não vi ele aqui hoje não. Não sei dele não...
- Ah, falou.

 
18.6.04
 
ó

Lugar de baiano é na rede.
www.cronicasdabahia.com.br



Não conheço o site. Publiquei isso só porque achei a idéia de divulgação fenomenal.
 
15.6.04
 
d i á r i o . d a . r e v o l u ç ã o

Segunda-feira não deu certo. Chegamos na Sala 1 e a professora da qualquerlogia do folclore que deveria ter sido deslocada, recusou-se. "Não fui notificada", disseram que algo aconteceria, que já estava praticamente resolvido, e nada.

Mais revolta. Sem "Companheiros!", dessa vez. Os poucos interessados, se interessaram, se reuniram, subiram para falar com uma representante da comissão de distribuição de salas. PAC nunca mais! Ouvimos a mesma ladainha e enrolação do "está quase resolvido" e nada acontecer.

Resolvemos delegar algumas tarefas, mas o povo do D.A. disse que faria tudo e a massa aceitou. Ficamos de voltar lá na comissão de distribuição de salas no dia seguinte para checar se o 'praticamente' estava realmente resolvido. Enquanto isso, fomos atrás do diretor da faculdade, que, miraculosamente, estava presente. Choramos, esperniamos, e ele disse que se encontrarmos uma sala apta, ele mesmo se encarrega da realocação.

O diretor explicou detalhadamente porque ficamos no PAC. Ninguém do Departamento de Sociologia compareceu à reunião de escolha de salas e nós sobramos. A culpa é essencialmente do departamento. Quase de saída, ameaçamos (revolucionariamente) que caso não tivéssemos sala em breve, entraríamos no auditório para ter aula lá, até que o colegiado sanasse o problema.

No dia seguinte, terça, fomos cobrar da moça da comissão, e o "praticamente" resolvido, continou "praticamente", e nada se resolveu. O diretor não estava. O departamento de Sociologia, inimigo público número um da atualidade, voltou de férias, mas só começa mesmo na quarta. O D.A. que ficou de cuidar de um ofício requerendo salas, fez uma carta aberta à comunidade Lazarenta, longa e subjetiva, quando acredito que o necessário é algo curto, direto e objetivo.

Quarta-feira teremos aulas no PAC dos infernos, passaremos o que tem acontecido no processo revolucionário para o povo. Avaliaremos o posicionamento do povo (espero) para continuar na luta.

Quinta-feira, na hora do recreio, tem mais revolução.
 
14.6.04
 
b u z i n a

Eu não gosto de buzinas. Não gosto de quem buzina o tempo todo. Claro que há buzinas e buzinas. Há o velho "tan-tan!" que quer dizer: "Valeu!" ou "Obrigado". Tem o "peeEEEOOooomm..." dos filmes, quando um carro quase bate num outro que vem na contra-mão. E há o bom e velho "PEEEEEEEM!" - extremamente irritante - que quer dizer "Sai da frente seu merda". Há ainda outras modalidades, mas vamos nos ater à última.

Duas vezes passei por isso. No portão de São Lázaro não tem calçada. Tem lama e tem pista. Na pista passam pessoas e pessoas dentro de automóveis. Eu ando pela pista, porque é o lugar por onde se pode entrar. Então atrás de mim vem um carro que não pode esperar por 5 ou 6 segundos até que eu saia da frente e encontre uma coexistência pacífica entre carros e seres humanos na mesma pista. Então o motorista resolve buzinar pra mim, nas minhas costas, de manhã cedo. "PEEEEEEEM!". Dessa última vez o cara fez "PEEEEEEEM!" duas vezes. O pensamento nesses momentos é sempre algo como "queria ter uma pedra grande nas mãos". É muito irritante.

Porque buzinar? Porque é uma ladeirinha e o motorista não sabe fazer uma meia-embreagem? Porque não pode esperar 10 segundos? Quem entra andando ali vem andando da Cardeal da Silva. As vezes é pior. As vezes vem do PAF e sobe a maldita escada da Politécnica. Aí ao fim da sua caminhada, um motorista que fez em 30 segundos (sentado, na sombra, tomando vendo, ouvindo música) o percurso que você levou 5 minutos (andando, debaixo de chuva ou sol, sem vento, se ouvindo cantar), não pode esperar 10 segundos sem chegar nas suas costas e soltar um "PEEEEEEEM!".

A vontade irracional é de jogar um pedra. A vontade menos irracional depois dessa é andar devagarzinho na frente do carro. Coisas como esvaziar um pneu passam rapidamente pela mente. 3 segundos mais tarde eu já saí da frente e os impulsos iniciais já estão controlados. Motoristas buzinôes têm problemas sérios. Um ACC pra eles.
 
 
m a l d i t o s

A Vídeo Hobby daqui agora vende pão. É triste isso. Faltam pilhas em dois dos meus trezentos controles remotos, eu lembro deles quando eu vou na Vídeo Hobby, mas lá não vende pilha (antes vendia). O atendimento era ruinzinho mas agora é um cu. Não conserta vídeo-cassete (antes consertava). Na Vídeo Hobby vende pão. Não tem mais filmes antigos (antes tinha até 'A Guerra do Fogo'). Vende pão. Não tem mais nenhuma promoção que preste (Antes dois lançamentos = um filme amarelo!). Pão. Ficou cara como a GPW. E vende pão.

A parte mais triste disso tudo é que tem outra locadora aqui perto. A mesma distância da minha casa que a Vídeo Hobby e eu nunca enrei lá. Entrarei. Mais triste ainda é que depois que virou MegaStore que vende pão eu passei a alugar muito mais filmes. A loja é mais bonita, maior, você não precisa adivinhar onde é a porta de entrada... Eu sou um pato-consumidor padrão, mas isso acabou.

Historicamente, alugam-se dois filmes na sexta-feira para o dia devolução cair no domingo e você só ter que devolver segunda. Isso para o brasileiro classe-média possuidor de vídeos-cassestes é quase o cafézinho. Quase o jeitinho. Era o gosto que o cliente tinha de se sentir esperto, por alugar dois filmes na sexta-feira e (a-há!)ganhar um dia de grátis. "Como eu sou esperto". Pois Sábado eu aluguei dois filmes e a devolução caiu no Domingo.

Agora só tenho que consertar o meu vídeo-cassete e conhecer a nova locadora.
 
12.6.04
 
o n t e m

Ontem foi aniversário de AC, e foi legal.

No sonho de ontem pra hoje, conversava com alguém que dizia: "Você sabia que o nome de AC é Humberto?" e argumentava e desenvolvia esse assunto até me convencer de que o nome de AC era Humberto.

Aí depois eu acordei.
 
10.6.04
 
p i c u i n h a

Fui à Aliança Francesa. Mais especificamente, fui ao Teatro Molière, aquele teatro chique aqui do meu bairro chique.

Quando decidi ir, estava, como quase sempre, de chinelos e bermuda. Tratando-se de um teatro chique chinfrim, nem arrisquei, voltei para casa e coloquei uma calça e um sapato. Meu único sapato.

Chegando lá, logo se percebe que se trata de um lugar da alta sociedade. Na contramão disso, a experiência foi cheia de pequenos incômodos. Tava quente. Suei na fila pra comprar o ingresso. Aliás, passei mais de dez minutos numa fila com só duas pessoas na minha frente. Finalmente no caixa, não tinha troco. Mais tempo. Chega a hora do espetáculo e nem liberaram o acesso ao público ainda. O palco era um espaço alternativo. No caminho para o palco, passamos por um lugar a céu aberto. Chovia. Pouco, mas chovia. Durante todo o percurso, da porta ao palco, me entupiram de papel, e chegando no tal espaço alternativo, não tinha luz pra ler. Não tinham cadeiras individuais e sim um bancão. Me acomodei. Chegou mais gente. "Aperta um pouquinho". Mais um pouquinho. E de novo. Sò mais um pouco... E pronto. Agora eu tinha a perna colada à perna de uma pessoa estranha e não podia me mexer muito.

O espaço alternativo é um corredor largo, e os dois atores da peça vão de um lado ao outro constantemente. Se eles iam em par para o mesmo lado, tudo bem, mas se estavam um num canto e outro no outro, eu não podia olhar pro que estava à minha direita. Se a pessoa à minha direita estivesse olhando pro da esquerda, a gente ia acabar se beijando.

A peça era "Na Solidão dos Campos de Algodão". Texto francês. Não me diz nada. O texto todo é um diálogo super dramático. Um monólogo de dois. Se fosse um cordel, o nome seria "A noite em que o transeunte indeciso encontrou o traficante chato e sem nada pra vender".

Esse teatro chique definitivamente feriu o burguês que vive dentro de mim.

Sou mais meu teatro mambembe.
 
9.6.04
 
e n q u a n t o . i s s o

Volta às aulas, porque não uma revolução?

Desde principiada as aulas há uma polêmica por termos de ir assistir à Sociologia II longe do habitat natural dos sociólogos: São Lázaro. E bem longe. Já tive aula na Politécnica, mas até aí tudo bem. Motivos justificados, tudo muito bem esclarecido, tá tudo pertinho um do outro, sem problema.

Mas o PAC? Mandaram a gente ter aula no PAC? É muito longe uma coisa da outra. A pasta da xerox está em Sâo Lázaro, o verde está em São Lázaro, os debates nonsense sobre Platão ser a principal influência de Santo Agostinho estão em São Lázaro, a vista para o Othon Palace está em São Lázaro. A professora era a mais revoltada. "Nunca dei aula de Sociologia fora de Sâo Lázaro..." Depois da aula seguimos com os alunos da aula de 10h fazendo o circuito PAC-São Lázaro, entramos às dezenas no casarão onde estão reunidas as diretorias dos muitos cursos desse lugar albergue adaptado no meio do mato que é a Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas.

O debate antes, durante e após a caminhada foi regado de "companheiros", "uma questão de ordem", "eu tenho uma proposta! eu tenho uma proposta!...". A idéia era caçar os imigrantes. Cursos não pertencentes à faculdade que estivessem ocupando salas deveriam ser removidos (seguindo todas as normas burocrático-legais, nada de violência em primeira instância). Os famintos revolucionários acabaram por desalojar uma diminuta turma de uma Qualquerlogia do Folclore e minha turma não terá mais aula no PAC. A turma das 10h, no entanto, ainda não foi contemplada. Foi agendada para segunda-feira ocupação de uma sala ocupada por imigrantes para ser abrigo dos Lazarentos revoltados.

A empolgação estudantil me fascina.
 
8.6.04
 
m a s . . .


de que se trata esse problema?



 
7.6.04
 
f i g u r a

Em frente à escola de administração tem um baleiro bastante peculiar. Talvez todo mundo já conheça, menos eu, mas eu achei a figura muito interessante. Numa casinha que aparentemente foi construída para abrigar possíveis funcionários do monumental estacionamento de ADM, fica um baleiro, me foge o nome do rapaz agora, com um microfone e uma ou duas caixas de som dando informações e falando merda.

Pode ser que quem está ali todo dia já tenha enchido o saco. Eu considerei uma atração.

A situação era a seguinte: Fui ao PAC ter aula, e pela terceira vez, a sala estava vazia. Cheguei tarde, então não encontrei nem os colegas, nada. Liguei para a Srta. Maria afim de saber que ônibus eu pegaria para ir ao PAF, local da minha próxima aula do dia, e ela indicou: "Tem um baleiro pertinho desse ponto, numa casinha, ele sabe de todos os ônibus, é só perguntar".

No vidro da casinha tem: "INFORMAÇÕES «nome do rapaz que eu não lembro agora» Baleiro!". Para ir do PAC ao PAF, aprendi que pode-se pegar Pau Miúdo, Ondina ou Cabula VI.

Pára um ônibus e ele começa: "Atenção moradores de Sussuarana, atenção pra quem quer ficar na Ladeira da Montanha, o ônibus é esse aí!" As pessoas sobem no ônibus e ele arremata: "Tá liberado, motô, pode partir!". 5 minutos de espera depois, chega o meu ônibus e o baleiro se agita novamente: "Aê cobrador, tem troco pra dez? Pra dez? Tem não? Dez, Dez... Dez não! Nove e vinte três, a hora certa é nove e vinte e três"
 
5.6.04
 
n o v o s . t a l e n t o s

Revista Fraude.

Li e gostei.

Quer dizer (pra não perder minha fama de mau), não gostei de pouca coisa. Gostei de muita coisa.

Destaque para as matérias da Srta. Camilla Costa e para o bom trabalho de Diego Damasceno.


 
3.6.04
 
d i a s . c h e i o s

Cheios até cansar.

Fica um conta-gotas acumulando coisas estranhas.
 
1.6.04
 
a . s a g a . d a . p a n e l a

Há um tempo, para fazer um macarrão que vinha acompanhado de leitura dramática, peguei panelas enormes emprestadas.

A devolução das panelas ficou sob a responsabilidade do Sr. Oliveira. Sr. Oliveira pegou as panelas já lavadas, colocou-as no carro e foi até a residência dele resolver qualquer coisa. No meio do caminho esqueceu-se das panelas. Passa um dia. O Sr. Oliveira lembra-se das panelas e pensa: "aiaiai, deve ter amassado!". Vai conferir as panelas e uma amassou. Amassou feio.

Duas semanas após a tal macarronada com leitura a dona me cobra: "Camilo, onde estão minhas panelas?". A situação fica tensa. Eu respondo meio sem jeito: "O Sr. Oliveira NÃO te devolveu?"

Sr. Oliveira sua frio em casa pensando: "como é que eu vou fazer para devolver essa panela? Eu preciso de um paneleiro!". Mãe, você conhece um paneleiro?, Paneleiro? Não existe mais isso não meu filho, Mas o que eu faço?

Sr. Oliveira descobre de um velho paneleiro no fim de linha de Pernambués, sai cedo de casa para encontrá-lo.

- Bom dia, você sabe onde tem um paneleiro?

A moça retribui um olhar estranhado como se ele tivesse perguntado: "é você que extirpa verrugas de graça?". Continua então sua pesquisa.

- Bom dia, sabe de um lugar por aqui que conserta panelas?
- COnserta panelas... Tinha. Tinha um moço aqui, né Sereco? Um velhinho... Como era o nome dele... Acho que morreu. Morreu, não morreu, Sereco?
- Morreu. Teve um derrame, caiu, tremeu e morreu.
- É moço, morreu.

Sr. Oliveira descobre que em 7 Portas conserta-se panelas de pressão e descamba pra lá.

Encontra um barraquinha tipo essas de chaveiro.

- Bom dia, o senhor consegue consertar essa panela?
- Deixa eu ver... Me dá ela aqui. Você tem a tampa?

Sr. Oliveira se agonia: precisava da tampa!

- Rapaz, guenta aí que eu vou ver no carro se tem a tampa.

Sr. Oliveira foi ao carro. Não tinha tampa. Sr. Olveira voltou, a panela já estava desamassada. Toc toc pou e pronto. Simples assim? Oi. Pois é.

- Quanto é?
- 1 real.
- 1 real?
- 1 real.
- Você troca dez?
- Rapaz... não.

O Sr. Oliveira junta todos os seus miúdos. Mais de um real. Justifica: "Velho, você quebrou um galhão!". Volta pra casa e devolve as panelas. Não imaginava que seria tão fácil. E esse foi o fim do pânico.
 
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